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Mensalão: Delcídio diz que Lula “abraçou o PMDB” para evitar impeachment

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Mensalão: Delcídio diz que Lula “abraçou o PMDB” para evitar impeachment

Em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, o ex-senador Delcídio Amaral afirmou que, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “abraçou” o PMDB para evitar o seu impeachment na época do mensalão. [Leia mais...]

Mensalão: Delcídio diz que Lula “abraçou o PMDB” para evitar impeachment

Foto: Agência Brasil

Por: Gabriel Nascimento no dia 17 de setembro de 2016 às 17:44

Em delação premiada à força-tarefa da Operação Lava Jato, o ex-senador Delcídio Amaral afirmou que, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “abraçou” o PMDB para evitar o seu impeachment na época do mensalão. O ex-senador detalhou ainda o início da parceria entre o PT e PMDB. Segundo ele, no começo, a gestão de Lula era “hermética” e os escândalos fizeram o ex-presidente rever posicionamentos. “Quando veio o mensalão, o Lula fez uma revisão das posições, dizendo assim: ‘ou eu abraço o PMDB ou eu vou morrer’”, declarou.

“Quando aí o PMDB veio fortemente para o governo. Estabeleceu tentáculos em toda a estrutura de governo. Não foi só na Petrobras, não. Assumiu Ministério de Minas e Energia, Eletrobrás, o setor elétrico, que nos governos anteriores era feudo do PFL, passou a ser feudo do PMDB”, acrescentou.

O delator comentou ainda a retirada dos nomes de Lula e seu filho Lulinha do relatório final da CPI dos Correios.  “Na reta final, existia o relatório que estava sendo preparado e propunha, entre outras coisas, o indiciamento do presidente Lula e de um dos filhos dele. Dentro de uma composição que foi feita, na véspera da votação do relatório, esse indiciamento... Esse tira e põe faz parte do dia a dia do Congresso. Não é uma coisa específica só da CPI dos Correios”, declarou.

Os advogados de Lula rebateram Delcídio, afirmaram que “as afirmações do ex-senador não são acompanhadas de provas” e que seu depoimento não foi voluntário. “No lugar da observância do devido processo legal, parece vigorar a opção dos procuradores da Lava Jato pelo linchamento midiático e político, prática inaceitável à luz da Constituição”, diz o texto.