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Advogado de Cunha diz que sofre ofensas:"Fase de inquisição"

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Advogado de Cunha diz que sofre ofensas:"Fase de inquisição"

Entrevistado por Mário Kertész nesta sexta-feira (21), o integrante do núcleo de defesa do ex-presidente da câmara, Eduardo Cunha, o advogado Ticiano Figueiredo, narrou a situação em que foi hostilizado por manifestantes na saída da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, na quarta-feira (19). [Leia mais...]

Advogado de Cunha diz que sofre ofensas:"Fase de inquisição"

Foto: Reprodução/ Youtube

Por: Luiza Leão no dia 21 de outubro de 2016 às 19:02

Entrevistado por Mário Kertész nesta sexta-feira (21), o integrante do núcleo de defesa do ex-presidente da câmara, Eduardo Cunha, o advogado Ticiano Figueiredo, narrou a situação em que foi hostilizado por manifestantes na saída da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, na quarta-feira (19).

Além de Ticiano, outros quatro representantes da defesa de Cunha foram alvos de palavras agressivas e de fogos de artifício atirados contra o táxi que pegaram para sair do local, por um grupo de pessoas que protestava em frente ao prédio onde o ex-presidente da Câmara está preso. 

"O que aconteceu conosco foi um reflexo do que tem acontecido no país. Essa exposição excessiva das operações policiais e principalmente em relação a Operação Lava Jato tem transformado o país quase que num 'Fla-Flu', ou um 'Ba-Vi', acaba que vai desaguar em situações até mais graves", opinou Figueiredo. 

Ticiano Figueiredo disse ainda não ter levado as agressões para o lado pessoal, mas com o cenários político e jurídico. "Quando se começa a criar uma expectativa em torno de uma prisão preventiva em que não se preocupa com a garantia da ordem pública e com a garantia dos recursos legais, mas tão somente em saciar a opinião pública de imediato, todos nós somos atingidos, a advocacia chora quando isso acontece", falou.

Um outro ponto abordado pelo jurista foi o das denúncias realizadas por meio de delação. Segundo ele, é preciso que haja mais responsabilidade a respeito, considerando que a fala de uma pessoa não pode levar a outra a ser condenada, mas sim, investigada. "O que a gente está percebendo é que estamos vivendo uma fase de inquisição. Isso decorre, volto a dizer, desse novo processo penal", avaliou.