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Após proibição de Moro, juiz permite que Cunha questione Temer

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Após proibição de Moro, juiz permite que Cunha questione Temer

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal (DF), autorizou o envio de 19 perguntas formuladas pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato, ao presidente Michel Temer. Anteriormente, o questionário havia sido barrado pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância. [Leia mais...]

Após proibição de Moro, juiz permite que Cunha questione Temer

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Por: Matheus Simoni no dia 02 de março de 2017 às 14:59

Atualizado: no dia 02 de março de 2017 às 14:59

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal (DF), autorizou o envio de 19 perguntas formuladas pelo deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato, ao presidente Michel Temer. Anteriormente, o questionário havia sido barrado pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância. Cunha incluiu Temer como testemunha de defesa na ação penal que tramita na Justiça do DF sobre o seu envolvimento em esquema de liberação irregular de recursos do FI-FGTS a empresas por meio de pagamento de propina.

No despacho datado do dia 24 de fevereiro, o juiz Oliveira ressaltou que Temer pode "se reservar ao direito de não responder a perguntas impertinentes ou autoincriminatórias". Como presidente, Temer pode responder por escrito. Para Moro, ao fazer perguntas fora de contexto, Cunha tentou constranger o presidente.  "Tais quesitos, absolutamente estranhos ao objeto da ação penal, tinham, em cognição sumária, por motivo óbvio constranger o Exmo. Sr. Presidente da República e provavelmente buscavam com isso provocar alguma espécie intervenção indevida da parte dele em favor do preso", escreveu o juiz. 

Eduardo Cunha também arrolou Michel Temer como testemunha na ação penal em que é réu na Lava Jato, acusado de ter recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões, que teriam sido originários de contratos da exploração de petróleo da Petrobras na África.