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Reforma da Previdência é uma medida para 'empurrar com a barriga', avalia economista

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Reforma da Previdência é uma medida para 'empurrar com a barriga', avalia economista

Diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC) durante o governo Lula e colunista do Jornal Folha de S. Paulo, o economista Alexandre Schwartsman conversou com Mário Kertész nesta sexta-feira (5) e avaliou, de forma negativa, a reforma da Previdência. De acordo com ele, a reforma proposta pelo governo Temer não vai resolver o problema. [Leia mais...]

Reforma da Previdência é uma medida para 'empurrar com a barriga', avalia economista

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Laura Lorenzo no dia 05 de maio de 2017 às 14:25

Diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC) durante o governo Lula e colunista do Jornal Folha de S. Paulo, o economista Alexandre Schwartsman conversou com Mário Kertész nesta sexta-feira (5) e avaliou, de forma negativa, a reforma da Previdência. De acordo com ele, a reforma proposta pelo governo Temer não vai resolver o problema, mas sim 'empurrar com a barriga mais alguns anos'.

'Houve um tanto de euforia quando veio a aprovação da reforma. Ela não resolve, se for aprovada do jeito que existe hoje. Daqui a alguns anos a gente vai ter que voltar ao tempo. Pro mercado financeiro talvez, a coisa está assim, se passar alguma coisa, passou. Pro governo também, se conseguir passar um negócio que empurre com a barriga mais alguns anos, tá ótimo, a gente já diz a que veio. Tentando olhar um pouco além dos próximos 6 meses, ou próxima eleição, isso não está com cara de que vai resolver', afirmou

Ainda de acordo com o economista, com a proposta atual, o problema apenas será adiado para que outro governo resolva. 'Temos um problema nessa história. Aprovamos um teto para a despesa pública que se obedecido sugere que a despesa tem que cair relativamente ao PIB ano após ano, e temos uma despesa previdenciária que sobe relativamente ao PIB ano após ano, não precisa ser um gênio pra ver que essas coisas não podem coexistir. Essa reforma, da forma que existe, não trata desse problema, vai continuar com uma trajetória de gasto relativamente ao PIB e lá na frente vai dar um baita problema, lá na frente um governo vai ter que resolver', disse.