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ACM Neto admite que Haddad já está no segundo turno

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ACM Neto admite que Haddad já está no segundo turno

Para o democrata, a popularidade de Haddad se deve ao desempenho do partido no Nordeste e à vitória do "discurso do golpe"

ACM Neto admite que Haddad já está no segundo turno

Foto: Tácio Moreira / Metropress

Por: Alexandre Galvão / Gabriel Nascimento no dia 25 de setembro de 2018 às 08:43

Coordenador nacional da campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), acredita que Fernando Haddad (PT) já está no segundo turno da disputa presidencial. Ele admite que a saída dos petistas do poder, para dar lugar ao presidente Michel Temer (MDB), colocou o partido de volta ao jogo.

"O impeachment acabou sendo uma oportunidade de o PT limpar um pouco sua imagem, conseguiu construir um discurso, passou a ter uma narrativa, a do golpe. Depois que Dilma saiu da Presidência, isso permitiu que o PT conseguisse juntar o eleitor mais tradicional e a gente chega agora nesse momento dividido entre esses dois polos. [...] As pessoas que não querem o PT têm que acordar para a seguinte realidade: se votar em Bolsonaro, no segundo turno ele perde para Haddad", alertou, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole

O democrata sinaliza, porém, que seu candidato venceria o petista no segundo turno. "Já Geraldo Alckmin ganha [de Bolsonaro]. As pesquisas mostram isso. Então, não tenho absolutamente nada do ponto de vista pessoal contra Bolsonaro, a questão não é essa, a questão é: olhando o quadro hoje, muitas pessoas se aproximaram do Bolsonaro não porque simpatizam, mas porque querem derrotar o PT. Mas votar em Bolsonaro pode significar o retorno do PT a Presidência". 

Para Neto, a popularidade de Haddad se deve ao desempenho do partido no Nordeste. "Acho que vai ter mais de 35% dos votos válidos aqui. Sempre nós olhamos que a tendência é que um campo político, o campo da esquerda ou centro esquerda, colocasse um nome, aí você tem duas alternativas, Haddad ou Ciro Gomes (PDT), e o campo da direita ou centro direita, Alckmin e Bolsonaro. Haddad veio comendo os votos da Marina e ele começa a tirar os votos do Ciro, Bolsonaro estacionou", analisou.