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Balcão de negócios de partidos ‘enterrou FHC e Lula’, aponta Ciro Gomes

Política

Balcão de negócios de partidos ‘enterrou FHC e Lula’, aponta Ciro Gomes

“O caminho é sair da negociação de gabinete em Brasília e negociar com governadores, prefeitos, o novo desenho do pacto federativo”, defende candidato do PDT

Balcão de negócios de partidos ‘enterrou FHC e Lula’, aponta Ciro Gomes

Foto: José Cruz / Agência Brasil

Por: Rodrigo Daniel Silva/Gabriel Nascimento no dia 01 de outubro de 2018 às 08:37

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) condenou o “balcão de negócios” entre os partidos e defendeu a consulta popular para casos polêmicos, em entrevista Rádio Metrópole

"[Essa] negociação comprando deputados e botando deputados para mandar em pedaço da Petrobras [...] enterrou Fernando Henrique e enterrou Lula. Erro grave na política. O caminho é sair da negociação de gabinete em Brasília e negociar com governadores, prefeitos, o novo desenho do pacto federativo. […] Todos os países do mundo que têm questões mais graves entregam ao povo para votar através de plebiscitos e referendos”, defendeu. 

O pedetista também voltou a se diferenciar do adversário Fernando Haddad (PT), ao ressaltar que, no momento atual de crise do país, é preciso ter “experiência”.

“Veja, o Haddad foi apoiado por Lula e por mim [na eleição de 2016), e o Haddad perdeu em São Paulo em todas as urnas. Isso não tira a dignidade dele. É uma pessoa que tenho a estima e respeito, mas tem uma lição importante aí. Apoiado por Lula, que tem a popularidade que tem, apoiado por mim, que também tenho uma situação de respeitabilidade, o Haddad perdeu em todas as urnas nos bairros de ricos, pobre e classe média”, ressaltou.

Ciro acredita que a eleição ainda não está definida, apesar de todas as pesquisas apontarem segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Haddad. 

“Estou muito seguro que não. Sou um homem realista, experiente, não cultivo falsidade, hipocrisia. Sei que há tendências, mas nesse momento […], você tem, ao redor do eleitorado cristalizado entre dois extremos, 50% disperso, o que quer dizer que há uma grande instabilidade. […] Tudo isso faz com que o brasileiro mais responsável esteja evoluindo para dar muita importância ao seu voto. Há uma tensão muito grande entre os brasileiros e tenho esperança de achar um caminho que desarme isso”, pontuou.