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Palocci diz que Lula sabia da corrupção na Petrobras desde 2007

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Palocci diz que Lula sabia da corrupção na Petrobras desde 2007

O relato do ex-ministro aponta, inclusive, locais onde o ex-presidente teria tratado pessoalmente da ocupação dos cargos na estatal: o 1º andar do Palácio do Planalto

Palocci diz que Lula sabia da corrupção na Petrobras desde 2007

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Por: Alexandre Galvão no dia 01 de outubro de 2018 às 16:11

Ex-ministro de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, Antonio Palocci detalha, em delação premiada, o suposto esquema de propinas na Petrobras. A colaboração contém uma narrativa minuciosa e explica como foi montado o esquema de propinas e loteamento de cargos estratégicos para atender aos interesses de partidos políticos na estatal, a partir das indicações de Paulo Roberto Costa (Diretoria de Abastecimento) e de Renato Duque (Serviços).

O relato do ex-ministro aponta, inclusive, locais onde o ex-presidente teria tratado pessoalmente da ocupação dos cargos na estatal, o 1º andar do Palácio do Planalto.

“Em fevereiro de 2007, logo após sua reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva convocou o colaborador, à época deputado federal, ao Palácio da Alvorada, em ambiente reservado no primeiro andar, para, bastante irritado, dizer que havia tido ciência de que os diretores da Petrobrás Renato Duque e Paulo Roberto Costa estavam envolvidos em diversos crimes no âmbito das suas diretorias”, relatou Palocci.

Ainda segundo o ex-ministro, Lula indagou dele "se aquilo era verdade, tendo respondido afirmativamente".

“Que (Lula) então indagou ao colaborador quem era a pessoa responsável pela nomeação dos diretores; Que o colaborador afirmou que era o próprio Luiz INácio Lula da Silva o responsável pelas nomeações; Que também relembrou a Luiz Inácio Lula da Silva que ambos os diretores estavam agindo de acordo com parâmetros que já tinham sido definidos pelo próprio Partido dos Trabalhadores e pelo Partido Progressista”.

Palocci está preso desde setembro de 2016, alvo da Operação Omertà, desdobramento da Lava Jato. O juiz Moro o condenou em uma primeira ação a 12 anos e dois meses de reclusão.