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Para Waack, eleição foi marcada por 'guerra cultural' e Bolsonaro terá que mudar discurso

Política

Para Waack, eleição foi marcada por 'guerra cultural' e Bolsonaro terá que mudar discurso

"Tem um discurso para ganhar eleição e tem um discurso para governar", ressalta jornalista

Para Waack, eleição foi marcada por 'guerra cultural' e Bolsonaro terá que mudar discurso

Foto: Marcus Quint

Por: Rodrigo Daniel Silva no dia 25 de outubro de 2018 às 08:33

O jornalista William Waack disse, em entrevista à Rádio Metrópole, que, se Jair Bolsonaro (PSL) vencer a eleição, o capitão reformado terá que mudar o discurso. Para ele, o pleito presidencial foi marcado por poucos propostas e uma "guerra cultural".

"É uma guerra cultural que prossegue e precede a eleição. Guerra cultural é quando a disputa é por valores. A disputa é por presença da honestidade na atividade política. A disputa é por sublinhar o valor da família como núcleo de uma sociedade saudável. A disputa é por determinar que as minorias têm que ter seus direitos protegidos e que não podem ser a toda a sociedade. Essa eleição é extraordinária para o Brasil", afirmou.

Para o comunicador, o presidenciável do PSL passou uma "imagem de autenticidade", ao ser "bruto nas coisas que diz e tosco em muitas coisas que pronuncia'".

O jornalista entende que Bolsonaro teve uma "sabedoria política" ao perceber que havia uma onda nacional antipetista. "Tem um discurso para ganhar eleição e tem um discurso para governar. Esse discurso para ganhar eleição parece ter dado os resultados que ele queria, mas não é um discurso para governar. Para governar, ele vai ter que falar outra coisa", ressaltou.

Para Waack, o país vive uma "transformação política" em curso que não"parece efêmera". "É resultante da natural polarização de qualquer campanha política. Me parece que é um fenômeno político de primeira grandeza que veio para ficar", pontuou. O jornalista entende que há "desesperança e desencanto" do povo com os partidos políticos e o Judiciário. Para ele, os sentimentos são resultantes da "dissociação" entre elite dirigente e o eleitor.