Política
Moreira Franco diz que questionamentos a Bolsonaro sobre ex-assessor são 'inconvenientes'
Em entrevista ao Estadão, ministro de Minas e Energia afirmou que "não se pode repetir" com o presidente eleito "o que fizeram com Temer"
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro de Minas e Energia, Wellington Moreira Franco, considerou "inconvenientes" os questionamentos dirigidos ao presidente eleito Jair Bolsonaro e ao filho dele, o futuro senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), sobre movimentações financeiras de R$ 1,2 milhão na conta de um ex-assessor parlamentar. Para justificar a preocupação, Moreira Franco afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que o país não resistiria a mais um impeachment.
"Sem prova, sem observação mais apurada, já estão impondo ao presidente eleito que tenha de responder a perguntas absolutamente inconvenientes", disse. "O que não se pode é repetir com Bolsonaro o que fizeram com Temer", acrescentou, citando o desgaste sofrido pelo presidente Michel Temer desde maio de 2017, após as delações do empresário Joesley Batista, da J&F.
O ministro ainda disse que não prega o engavetamento de possíveis investigações, mas se diz contra vazamentos que "funcionem como um tiro certeiro em alguma parte do corpo do presidente". "Não dá para ser assim porque isso não é apuração. É coisa política. Quando, antes da própria posse, você coloca a família e marca audiências para interrogatórios com ministros que têm relevância, o governo já entra fragilizado", declarou.
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