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Bolsonaro quer mandar 'quem atrapalha progresso' para local de execução da ditadura

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Bolsonaro quer mandar 'quem atrapalha progresso' para local de execução da ditadura

Declaração foi durante transmissão ao vivo no Facebook, quando ele também falou que "tudo bem", "de vez em quando", ficar uma tartaruga na mancha de óleo que atinge o litoral nordestino

Bolsonaro quer mandar 'quem atrapalha progresso' para local de execução da ditadura

Foto: Reprodução/Facebook

Por: Juliana Almirante no dia 01 de novembro de 2019 às 12:00

O presidente da República, Jair Bolsonaro, fez uma referência à ditadura na noite de ontem (31), mesmo dia em que seu filho, Eduardo Bolsonaro, também ganhou atenção ao defender um "novo AI-5" em caso de radicalização da esquerda.

A declaração de Bolsonaro foi durante transmissão ao vivo no Facebook, quando ele também falou que "tudo bem", "de vez em quando", ficar  uma tartaruga na mancha de óleo que atinge o litoral nordestino.

Durante a live, ele citou que Luciano Hang da Havan reclamou que não conseguiu licença ambiental para construir uma loja em Rio Grande. Segundo o presidente, a liberação não foi concedida porque descobriram dois pratos que teriam sido feitos por indígenas no passado.

"Por consequência, vão entrar alguns órgãos do governo, eu não tenho ascendência, porque os diretores, o presidente tem mandato. Porque se não tivessem (mandato), eu cortava a cabeça mesmo. Quem quer atrapalhar o progresso, vá atrapalhar na Ponta da Praia, aqui não. Vão analisar agora se a terra de Luciano Hang vai ser demarcada por terra indígena", afirmou Bolsonaro.

Não é a primeira vez que o presidente faz menção à expressão "ponta da praia". De acordo com reportagem do Valor Econômico, há cerca de um ano, em outubro do ano passado, no fim de semana anterior ao resultado de vitória na eleição, o então candidato também declarou, em discurso, que baniria a oposição em seu governo mandando os adversários para a "ponta da praia". 

"Ponta da praia" é o local conhecido por ser a base da Marinha onde opositores da ditadura militar eram executados, na Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro.