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Segunda-feira, 15 de abril de 2024

Política

Presidente da CCJ do Senado quer pautar prisão em 2ª instância na próxima sessão

Proposta é para execução imediata de decisão condenatória proferida por órgãos colegiados, diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)

Presidente da CCJ do Senado quer pautar prisão em 2ª instância na próxima sessão

Foto: Roque de Sá/ Agência Senado

Por: Juliana Almirante no dia 08 de novembro de 2019 às 13:40

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), vai pautar uma proposta de emenda à constituição do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) na primeira sessão do colegiado.

A proposta é para execução imediata de decisão condenatória proferida por órgãos colegiados, diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a prisão após o réu ser condenado em segunda instância.

"Diante da decisão do STF, principalmente da declaração de voto do presidente daquela Corte no sentido de que o Congresso pode alterar a legislação sobre a prisão em 2a instância, incluirei, na pauta da próxima reunião da CCJ, a PEC de autoria do Senador Oriovisto", declarou Tebet ao jornal O Globo

A previsão é de que a reunião da CCJ não ocorra na semana que vem, devido ao encontro da cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no Itamaraty, na próxima quarta e quinta-feira, quando a área do Congresso terá acesso restrito.

A articulação para tentar mudar a lei sobre a prisão após o trânsito em julgado se iniciou antes mesmo do final do julgamento no STF.

Um abaixo-assinado com adesão de 42 senadores foi levado ao presidente do STF, Dias Toffoli, antes do julgamento. Uma mudança constitucional precisa de 49 votos, em dois turnos,  no Senado, e 308 votos na Câmara.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) apresenta resistência em pautar a proposta. Ele avisou ao jornal que não “teria perspectiva” o avanço dessa matéria no Senado. 

Na Câmara, ainda há mais resistências para a proposta. O presidente da CCJ na Casa, Felipe Francischini (PSL-PR), pautou matéria semelhante na comissão, mas ainda não conseguiu aprovar. 

A PEC de Oriovisto Guimarães acrescenta um trecho ao artigo 93 da Constituição: “decisão condenatória proferida por órgãos colegiados deve ser executada imediatamente, independentemente do cabimento de eventuais recursos”.