
Política
Bolsonaro costuma ofertar ‘cargo de consolação’ a demitidos
De acordo com reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", a medida foi tomada por ele com cinco dos seis colaboradores que deixaram o primeiro escalão da administração

Foto: Carolina Antunes/PR
O presidente da República, Jair Bolsonaro, mantém o estilo de oferecer uma nova posição após demitir um auxiliar, como uma espécie de "prêmio de consolação". De acordo com reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", a medida foi tomada por ele com cinco dos seis colaboradores que deixaram o primeiro escalão da administração.
A iniciativa foi repetida na semana passada, com o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), exonerado do Ministério da Cidadania. O presidente sinalizou a possibilidade de Terra passar a ocupar uma embaixada. A oferta foi arranjada pelo ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e descartada pelo deputado. Se aceitasse o convite para o cargo de embaixador, o parlamentar deveria abrir mão do mandato na Câmara Federal.
Até esta segunda-feira (17), apenas dois ex-ministros aceitaram um novo emprego em estatais. Demitido no dia 6 de fevereiro do Ministério do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto se tornou presidente da DataPrev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência). O general Floriano Peixoto, que saiu da Secretaria-Geral da Presidência, em 2019, assumiu os Correios.
O primeiro a deixar o governo, Gustavo Bebianno, também recebeu oferta de trabalho na diretoria administrativa da Itaipu Binacional, mas a descartou.
Exonerado depois de virar alvo do grupo ligado a Olavo de Carvalho, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz também teve a possibilidade de ganhar novo posto. Bolsonaro afirmou que ofereceu ao militar "o cargo que quisesse", mas Santos Cruz rejeitou e disse que não estava em busca de emprego.
O único que não recebeu uma oferta depois de ser demitido foi Ricardo Vélez Rodríguez, que comandou o Ministério da Educação (MEC) antes de Abraham Weintraub na Educação.
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