
Política
Cristovam Buarque lista erros dos democratas brasileiros em livro recém-lançado
Autor do livro "Por que Falhamos - o Brasil de 1992 a 2018", o político acredita que 24 erros fundamentais da oposição colaboraram para a eleição do presidente Jair Bolsonaro

Foto: Divulgação
Ex-ministro da Educação e ex-senador da República, Cristovam Buarque acredita que a Medida Provisória que determina a nomeação de reitores de universidades pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, pode render bons frutos para o Centrão – grupo político ligado ao que presidente chama de “mamata”.
“O ministro vai dar mais cargos ao Centrão. Ele vai esperar que os deputados digam quem é o reitor. Essa nomeação do reitor pelo presidente vai ser para permitir que o Centrão coloque mais gente para roubar. O conhecimento só evolui quando o pesquisador, o professor é livre. Durante os anos anteriores, não fomos tão livres. Estávamos amarrados aos partidos. Agora pior. No nazismo, reitores eram nomeados pelo Hitler. Isso é uma característica de regimes que amarram o pensamento”, comparou, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, hoje (11).
Autor do livro "Por que Falhamos - o Brasil de 1992 a 2018", o político acredita que 24 erros fundamentais da oposição colaboraram para a eleição do presidente Jair Bolsonaro. “Nós, os democratas, a esquerda, deixamos um Brasil com 100 milhões sem esgoto, 12 milhões de analfabetos, imagem de corrupção. O povo não queria mais. Senti isso na campanha. Eu perdi, não fui reeleito. Tem gente que não quer ler o livro por dizer que quem errou foi o PT, tem gente que diz que quem errou foram os golpistas”, afirmou.
Para ele, o Brasil está fragmentado. Cristovam, que é também professor, acredita que essa divisão fica clara no grupo que quer ser antagônico ao presidente da República. “Partido tem que trazer uma esperança nova. Qual a esperança nova que os partidos trazem? Eu não estou vendo. Qual a nossa proposta? Estamos divididos. Eu assinei o manifesto dos 70%, mas estamos enganando o povo. Somos 7x 10%. Estamos divididos. Felizmente vamos nas manifestações de máscaras, senão um ia chamar o outro de corrupto, neoliberal”, exemplificou.
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