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Governo admite que Weintraub pediu exoneração só após chegar aos EUA

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Governo admite que Weintraub pediu exoneração só após chegar aos EUA

"Retificação" da data de exoneração do ex-ministro foi publicada no Diário Oficial da União de hoje, após suspeitas de que ele tenha usado os privilégios do cargo para sair do país

Governo admite que Weintraub pediu exoneração só após chegar aos EUA

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Juliana Rodrigues no dia 23 de junho de 2020 às 12:42

Após publicar uma "retificação" no Diário Oficial da União para mudar a data de exoneração de Abraham Weintraub do Ministério da Educação, o governo admitiu que o pedido de demissão do então ministro só foi formalizado após ele deixar o País, no último sábado (20).

Em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo, a Secretaria-Geral da Presidência afirma que foi o próprio Weintraub quem solicitou que o prazo da demissão fosse contado de forma retroativa. Na correção publicada hoje, a data da saída do cargo consta como sexta (19).

A suspeita é que Weintraub tenha usado a sua condição de ministro para desembarcar em Miami no sábado passado, driblando as restrições de viagens para brasileiros em razão da pandemia de covid-19. A exoneração do ministro, que é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi publicada em edição extraordinária do Diário Oficial, com a data de 20 de junho.    

"A carta em que o então ministro da Educação solicitou ao presidente da República a exoneração do cargo de ministro de Estado foi entregue ao Secretário-Geral no dia 20 de junho, sábado, que determinou a publicação em Diário Oficial da União extra", diz a nota da Secretaria-Geral. "A entrada oficial do documento na Secretaria-Geral da Presidência da República ocorreu no dia 22 de junho, segunda-feira. Entretanto, na carta, o então ministro da Educação solicitou exoneração do cargo a contar de 19 de junho de 2020, motivo pelo qual o ato foi retificado", segue o texto.