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Maia diz não ter ‘preocupação de golpe’, mas alerta para imagem do país

Política

Maia diz não ter ‘preocupação de golpe’, mas alerta para imagem do país

Presidente da Câmara ainda disse crer que a proximidade de Bolsonaro com o Centrão não deve influenciar na escolha do novo chefe da Casa

Maia diz não ter ‘preocupação de golpe’, mas alerta para imagem do país

Foto: Metropress

Por: Alexandre Galvão e Matheus Simoni no dia 14 de julho de 2020 às 09:20

Mesmo com todos os movimentos do presidente Jair Bolsonaro para endossar grupos que pedem a volta da ditadura militar, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse não temer um golpe contra a democracia.

“Não cheguei a ter essa preocupação. Claro que as manifestações, no ano passado, tinham mais densidade do que tiveram nesse ano. Claro que a ida do presidente em frente ao Comando do Exército sempre gera uma sinalização ruim e preocupante”, afirmou.

Em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, Maia disse, no entanto, ter mais preocupação com a imagem do país, que sofre também com o descaso do governo na área ambiental. “O que me preocupava e preocupa ainda é que essas sinalizações afetam a imagem do Brasil no exterior. Mais do que essa preocupação de golpe, que não tenho ou tinha, era de que essa narrativa e sinalização, apesar da gente ter mais informações daqui, no exterior a taxa de incerteza em relação ao Brasil cresceu muito em relação a esses eventos e simbolismos, somada a questão do meio ambiente, que vem prejudicando a imagem do nosso Brasil fora do nosso país”, apontou.

Sem a possibilidade de se reeleger para comandar a Câmara – caso não altere a legislação vigente – Maia disse acreditar que a aproximação do presidente Jair Bolsonaro com membros do Centrão não deve alterar o perfil de escolha de um próximo chefe da Casa.

“Roberto Jefferson não tem nem voto na Câmara, mas vocaliza pelo partido dele. O PL tem força na Câmara. De fato, a minha relação com o ex-presidente do PL, Waldemar, é muito boa e transparente. Na política, não posso criticar e falar nada do Waldemar. Mas acho que a Câmara escolherá um presidente que trabalhe com essa independência com o Poder Executivo, não seja um candidato do governo, mas que dialogue. Isso é da democracia e fundamental que os Poderes possam o máximo possível, claro que respeitando a independência, trabalhar com harmonia. Acho que esse é o perfil que os deputados e deputadas vão escolher no dia 1º de fevereiro”.