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Antropólogo Roberto Costa Pinho relembra a história da Casa do Benin, que completa 35 anos
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Antropólogo Roberto Costa Pinho relembra a história da Casa do Benin, que completa 35 anos
Inaugurado em 1988, durante a gestão do então prefeito Mário Kertész, o espaço surgiu com o intuito de impulsionar e perpetuar a rica cultura africana na cidade

Foto: Reprodução/Radio Metropole
Na semana de celebração dos 35 anos da Casa do Benin, localizada em Salvador, o antropólogo Roberto Costa Pinho recordou, durante uma entrevista à Rádio Metropole nesta terça-feira (1º), os primeiros momentos desse significativo museu brasileiro para a cultura baiana.
Inaugurado em 1988, durante a gestão do então prefeito Mário Kertész, o espaço surgiu com o intuito de impulsionar e perpetuar a rica cultura africana na cidade, segundo relatou Roberto Costa Pinho. “A proposta era acordar os brasileiros para a importância da participação da cultura africana no entendimento da identidade cultural brasileira. Sem essa compreensão, o povo fica desnorteado ao ponto de impor formas de comportamento que não são exatamente as que o Brasil criou. A Casa do Benin foi criada há 35 anos atrás para reascender essa fogueira”, explicou.
Ainda na entrevista, o antropólogo ressaltou a relevância da Fundação Gregório de Matos (FGM), que é a responsável pela administração do equipamento cultural. Na época da criação, o órgão operava como Secretaria de Cultura.
“A cultura é sempre aquilo que deve dar a condução, quando você aborda todos os aspectos de uma administração sejam urbanísticos, sociais, econômicos. Ela tem que ter a marca daquela cultura para qual ela está operando. Então, enquanto isso não for compreendido, principalmente, dentro da cultura brasileira, que é uma cultura única, nós vamos ficar mais ou menos como tontos procurando qual o rumo do Brasil”, avaliou.
O espaço que sedia a Casa do Benin, localizada no Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador, foi selecionada em uma estratégia para estruturar a região. “A Casa do Benin está em prédio de ligação a outras ruas importantes, como a Casa do Olodum, o Espaço Cultural Belvedere da Lapinha, Ladeira da Misericórdia, a prefeitura de Salvador trazida para o Centro, a Fundação Pierre Verger e a Fundação Gregório de Mattos. Então, são coisas que têm uma ligação forte e era o início de um momento para se chegar a ocupação de todo o Centro Histórico”, afirmou.
Confira a entrevista na íntegra:
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