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Bob Fernandes questiona efetividade da política brasileira proibicionista de drogas: “Guerra estúpida”
O jornalista analisou como a tentativa de combater as drogas tem vitimado pessoas e se mostrado ineficiente
Foto: Reprodução Rádio Metropole
O jornalista e comentarista da Rádio Metropole, Bob Fernandes, falou, durante o programa Três Pontos desta sexta-feira (11), sobre a associação da proibição de drogas e a insegurança pública, incluindo a violência policial, instaurada no Brasil.
Para Bob, além de “estúpida”, a suposta guerra às drogas é controversa, devido à grande presença de milícias no território brasileiro. “O Brasil entrou nessa guerra, essa coisa estúpida, devido um plano dos americanos [...] Todos fingem que não é fácil comprar maconha em qualquer lugar, a polícia e o poder público fingem que não sabe que parte das polícias são associadas a esse negócio”, disse.
O jornalista destacou ainda como o proibicionismo e tentativa de combate ao tráfico estão ligados ao grande número de mortos em chacinas policiais, que se mostram um método de combate ineficaz. “Um estudo de 2009 revelou que em 30 anos, o Brasil havia matado, nessa guerra, 1 milhão de pessoas. Já passamos de 1,7 milhão mortos e isso é a soma de todos os mortos em guerra, no mundo, durante o século 21”, declarou.
Assim como na última edição do programa, Bob comentou os números de mortos em operações policiais no Brasil, que agora totalizam 60 mortes em um espaço de 12 dias. Entre as mortes, estão a do adolescente de 13 anos, morto na Cidade de Deus, no último domingo (6). O assunto também foi discutido por ouvintes da Rádio Metropole, nesta sexta-feira (11).
“Como é possível 60 mortes sem que haja nenhum morto do outro lado? Dizem que foram confrontos, então como não tem? Obviamente isso não é crível. Como alguém que diz ‘bandido bom é bandido morto’, não percebe que um garoto de 13 anos não pode ser fuzilado? Tem um discurso fácil e que não tem nexo, as questões são de uma gravidade muito maior do que isso”, constatou.
Confira o programa na íntegra:
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