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Antes de leilão de área verde ser suspenso, Conselho já havia tentado diálogo com a prefeitura e foi ignorado

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Antes de leilão de área verde ser suspenso, Conselho já havia tentado diálogo com a prefeitura e foi ignorado

O leilão, que aconteceria na última sexta-feira (15), foi suspenso pela Justiça, em uma decisão do juiz Marcel Peres, da 6ª Vara Federal

Antes de leilão de área verde ser suspenso, Conselho já havia tentado diálogo com a prefeitura e foi ignorado

Foto: Metropress/Danilo Puridade

Por: Metro1 no dia 18 de março de 2024 às 10:50

Atualizado: no dia 18 de março de 2024 às 11:23

Antes da Justiça Federal determinar a suspensão do leilão do terreno do Corredor da Vitória, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA) já havia tentado dialogar com a prefeitura de Salvador. Em entrevista à Rádio Metropole nesta segunda-feira (18), o procurador jurídico do conselho, Fernando Valadares, contou que a entidade já havia enviado ofícios à gestão municipal, mas não obteve êxito.

“Tentou-se um diálogo com o município, ofícios [foram] enviados ao município com o propósito de dialogar acerca de várias pautas que dizem respeito a Arquitetura e Urbanismo, e infelizmente esse diálogo não foi frutífero. Por isso, não houve outra alternativa que não o ajuizamento da ação civil pública”, afirmou.

O leilão, que aconteceria na última sexta-feira (15), foi suspenso pela Justiça Federal, em uma decisão do juiz Marcel Peres, da 6ª Vara da Justiça Federal. Posteriormente a prefeitura recorreu, mas a desembargadora federal Ana Carolina Roman, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, manteve a decisão. O município ainda pode recorrer.

A suspensão é fruto de uma ação civil pública ajuizada pelo CAU-BA, com pedido de tutela de urgência em caráter liminar. Na ação, o conselho alega que a prefeitura não demonstrou o interesse público na venda do terreno e também não apresentou estudos técnicos, ambientais, sociais e urbanísticos.

“Existe uma comunidade, aspectos urbanísticos e ambientais que devem ser considerados. Essas áreas contribuem para o clima mais agradável da cidade. Verifica-se que o edital e outros documentos correlatos contextualizam, mas não demonstram esse interesse público, a vantajosidade e a realização desses estudos”, afirmou o procurador jurídico do CAU-BA, pontuando que foi questionado também o formato do leilão, que seria presencial.

“Segundo a nova lei de licitações, a regra é que o leilão seja realizado eletronicamente e excepcionalmente, presencial. Mas o edital já foi lançado para o modelo presencial. Aí surge o questionamento, por quê? [...] Se realizado no formato eletrônico permite maior competitividade, potenciais interessados em qualquer lugar do Brasil ou fora do Brasil poderiam estar promovendo seus lances sem a necessidade de estar comparecendo presencialmente”, pontuou.

Confira a entrevista na íntegra: