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Perder o Palácio Thomé de Souza vai ser um grande desastre, alerta arquiteto Marcelo Ferraz

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Perder o Palácio Thomé de Souza vai ser um grande desastre, alerta arquiteto Marcelo Ferraz

O Na Linha, desta terça-feira (24), abordou as mudanças na primeira praça dos Três dos Poderes do Brasil e o Palácio Thomé de Souza, que pode perder a sede da prefeitura após uma ação do Ministério Público Federal

Perder o Palácio Thomé de Souza vai ser um grande desastre, alerta arquiteto Marcelo Ferraz

Foto: Fernanda Vilas Boas/Metropress

Por: Metro1 no dia 24 de setembro de 2024 às 12:59

Atualizado: no dia 24 de setembro de 2024 às 14:28

Uma ação judicial que tramita na Justiça Federal pode retirar a prefeitura municipal do Palácio Thomé de Souza, construído durante a gestão de Mário Kertész em 1986, com projeto do renomado arquiteto João da Gama Filgueiras Lima (Lelé). O espaço já é um marco na estrutura arquitetônica e possui grande importância histórica para Salvador. No programa Na Linha, nesta terça-feira (24), o arquiteto Marcelo Ferraz ressaltou que perder esse espaço será um “desastre” para a história da capital. 

Ferraz rebateu as críticas de que o Palácio Thomé de Souza, projetado em estrutura de aço e vidro numa área de 2 mil metros quadrados, destoa estéticamente de outros prédio da região. "É ignorância, porque o gosto é uma coisa que se aprende. Isso também é uma questão estética. Você aprende quando você compreende, e aí você passa a gostar ou admirar. E nesse caso, não é questão de gosto, é uma questão de um experimento super importante para uma arquitetura contemporânea, da maior qualidade, ousada", analisou. 

“São tempos que conversam e a cidade é um bicho vivo, orgânico, é feito de várias épocas, sobrepõe, se perde. Vocês perderam aqui a Sé, um desastre urbanístico, e não podem perder agora o Palácio Thomé de Souza, que vai ser um outro desastre, por uma questão de ignorância”, criticou.

Segundo o arquiteto, o Palácio Thomé de Souza era o que tinha de melhor na época, para ser colocado na primeira Praça dos Três Poderes do Brasil, local onde, para Ferraz, a prefeitura nunca deveria ter saído. Entre 1983 e 1985, ela funcionou no Parque Solar Boa Vista, no Engenho Velho de Brotas, por uma determinação de Antonio Carlos Magalhães. O retorno da sede da gestão municipal foi uma iniciativa e promessa de campanha cumprida pelo então prefeito Mário Kertész. "Foi uma grande tacada conseguir colocar a prefeitura ali de novo, no coração, no centro, na Praça Municipal, onde ele deve estar sempre. O prefeito, esse administrador da cidade, deve estar no coração da cidade para receber pedra ou para receber palmas. Então isso também é politicamente importante", opinou Ferraz.

Confira o programa completo: