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"Diploma não autoriza escutar seus pacientes", diz psicanalista sobre venda de formação para área
Psicanalista Samyra Assad falou sobre luta enfrentada pela psicanálise com tentativa de regulamentação e venda de cursos para formação
Foto: Reprodução/Youtube
Nos últimos anos, a psicanálise vem enfrantando uma luta contra o mercado que insiste em oferecer cursos de graduação para formação na profissão. Os prossionais, no entanto, a iniciativa de tornar alguém um psicanalista através de um diploma de graduação algo avesso aos reais rigores de um profissional fundamentada em experiência. Em entrevista à Rádio Metropole nesta sexta-feira (1º), a psicanalista Samyra Assad falou sobre essa luta e a comercialização da profissão com ofertas tidas como milagrosas para capacitação.
A psicanalista lembrou que no ano 2000 surgiu um projeto de lei que tentava regulamentar a profissão, colocando-a dentro de uma carga horária para análise, supervisão e teoria. Aspectos que, segundo ela, são totalmente avessos ao rigor de uma formação analítica. “Qual é esse rigor? O primeiro deles é se submeter a uma experiência analítica. Uma experiência analítica é o eixo de uma formação do analista. O analista não se forma com carga horária, não se forma com um diploma. O diploma não autoriza o psicanalista a exercer sua prática e a escutar seus pacientes", explicou.
"Para que ele escute seus pacientes é imprescindível, é fundamental que ele se submeta a uma experiência analítica. Uma experiência não é um título. Uma experiência não se resume num título. Um título, um diploma é totalmente incompatível com a formação do analista. E outra, a formação do analista não tem carga horária, ela é permanente”, acrescentou Assad.
A psicanalista ainda apontou que há várias instituições psicanalíticas no Brasil que, com seriedade, se comprometem a enfrentar essas tentativas de corromper a profissão. Há, segundo Assad, cerca de 30 organizações empenhadas a se atentar ao que diz respeito à psicanálise, inclusive na sugestão de projetos de lei. "Ter pessoas que não passam pelo processo necessário de formação funcional, muitas vezes, pode ser tão prejudicial para os pacientes quanto para a classe em si, alertou.
Confira a entrevista na íntegra:
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