Nara Costa explica saída do Arrocha e comenta polêmica envolvendo Cláudia Leitte: "ou segue a Cristo ou não segue"

Voz marcante do auge do Arrocha, a cantora Nara Costa relembrou, em entrevista ao Jornal da Cidade desta sexta-feira (11), o momento em que decidiu deixar a carreira e o ritmo e se dedicar à vida cristã. Nara comentou também o caso de Claudia Leitte que trocou o nome de um orixá por Jesus em uma música de Axé.

“Se ela decidiu seguir a Cristo, a Bíblia vai dizer que de uma torneira não jorra duas águas. Ou vai jorrar água doce ou vai jorrar água amarga. Ou você segue a Cristo, ou você segue a Cristo ou não segue a Cristo. Porque você tem que abrir mão. O próprio Cristo disse, negue-se a si mesmo, toma sua cruz e segue”, disse Nara ao ser questionada sobre o caso de Claudia Leitte. 

Nara ainda explicou o motivo de ter deixado o Arracha: “eu não posso continuar caminhando com aquilo que faz a minha carne, meu corpo físico, me afastar de Cristo. Então tudo aquilo que me afasta de Cristo, eu tenho que abrir mão. Mas sem negar passado”, disse.

Religião

Apesar de cantar músicas evangélicas, Nara revelou não gostar do termo “música gospel”. “Não gosto muito do termo gospel. Eu não sei, eu nunca consegui me conectar. Eu gosto de dizer que eu sou adoradora, eu gosto de cantar pra Jesus e ponto”, disse. 

Antes de se converter, Nara era praticante do Candomblé e teve uma formação católica. A mudança, no entanto, aconteceu após um trauma pessoal e uma depressão. O marido dela, o policial militar Anativo Manoel da Conceição Neto, foi morto em um assalto em 2013, na Baixinha de Santo Antônio, no bairro de São Gonçalo do Retiro, em Salvador. 

“Eu passei por uma depressão e o único lugar que eu achei porto seguro foi em Cristo. E de lá pra cá, não tive mais nenhum desequilíbrio emocional, pelejas e lutas a gente vai viver enquanto nesta terra nós estivermos. Mas no meu processo de depressão, quem teve o olhar verdadeiramente para mim foi Cristo e com ele decidi caminhar”, revelou.

Carreira

Sobre o início da carreira, Nara afirma que acha que já nasceu cantora. Ainda com as primeiras palavras tinha uma voz grave que chama atenção e já criança e adolescente fazia de tudo uma brincadeira com música. Aos 13 anos já recebeu o primeiro convite para cantar profissionalmente, em Candeias, cidade conhecida como o berço do Arrocha.

“Candeias foi de onde surgiu verdadeiramente o boom do Arrocha, né? Porque Jai [Jailton Barbosa], que é o dono do Asas Livres. Aí veio eu, Pablo, Tayroni, Silvano Salles, tudo de Candeias”, afirmou. 

Confira a entrevista na íntegra: