Presidente da ACB analisa impactos do tarifaço de Trump: “Fere o coração do setor produtivo”

A presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB), Isabela Suárez, comentou nesta quarta-feira (23), no Jornal da Cidade, os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, em meio ao novo impasse diplomático entre os dois países. Segundo ela, a medida representa um duro golpe para a economia nacional e deve ser vista como um alerta para o fortalecimento da indústria local.

“A gente assiste com muita tristeza, com muita preocupação, porque isso fere o coração do setor produtivo brasileiro, ainda muito dependente de uma industrialização”, afirmou Suárez.

Segundo a empresária, a dificuldade em manter e expandir a atividade empresarial no país reforça a dependência do Brasil em relação a países industrializados. “Quando a gente fortalece a nossa indústria, quando a gente fortalece o nosso corpo empresarial, cada vez a gente fica menos dependente do mercado externo. O Brasil exporta recursos naturais, mas ainda nós somos muito dependentes da industrialização para importar de volta esses recursos. Você vende o minério, mas importa o celular”, explicou. 

Para ela, o atual momento de crise pode ser também uma oportunidade de transformação. “É muito difícil você implementar atividade econômica, empresarial e industrial no Brasil. Então, a gente precisa construir um caminho novo. Acho que esse momento de crise tem que servir também como um momento de reflexão. Além disso, torcer para que a diplomacia tradicional consiga arrefecer os ânimos e que essas duas grandes nações voltem a ser parceiras”, completou. 

Confira a entrevista completa na íntegra: