Camila Cintra relembra bastidores da cobertura do funeral de ACM: “Fugi do protocolo”

Os bastidores da cobertura do funeral do senador e ex-governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, falecido em 2007, aos 79 anos, foram relembrados nesta terça-feira (29) pela jornalista Camila Cintra, em sua participação no Jornal da Metropole no Ar. ACM, como era conhecido, foi ministro das Comunicações e uma das figuras mais poderosas da política brasileira no século XX. Camila Cintra, que começou na Rádio Metropole como estagiária até chegar à chefia, revelou que a radinha fez uma cobertura histórica na despedida do político através de uma situação inustidada.

"Eu tenho uma história de bastidores. Quando ACM faleceu, a radinha fez uma cobertura histórica, que inclusive a família depois agradeceu, [disse] que a gente realmente prestou homenagens e ficou no ar fazendo a cobertura. Eu fui pro aeroporto pra chegada do caixão, que ia passar pela Avenida Luís Viana Filho, no Corpo de Bombeiros, fiquei lá esperando. E aí quando chegou, aquela imprensa toda e tal, coloca-se sobre o caixão, e, no embalo, subi também. De repente, o pessoal da imprensa quando vê: ‘a Metropole tá lá em cima’, e eu lá assim, me escondendo pra ninguém me tirar. Eu falei ‘eu não vou descer, eu vou ficar aqui, a gente já tem que sair, o cortejo já tem que começar, eu vou ficar aqui’. Aí eu fui em cima no Corpo de Bombeiros, e só tinha a Radinha lá em cima", contou.

Na época, o corpo de ACM foi transferido de São Paulo para Salvador, com comoção popular e ampla cobertura da imprensa. O cortejo percorreu vias importantes da capital sob forte esquema de segurança. Cintra destacou  que o improviso e a dedicação da equipe foram os responsáveis por garantir presença de destaque durante toda a transmissão ao vivo.

"Eram dois: era um [veículo] pra ir a imprensa, que tava fazendo captação de imagem, e um onde era pra ir o caixão, efetivamente. Pois eu fugi do protocolo e me arrisco entrando no do caixão", concluiu.

Confira a participação completa: