Naturalização do plano de assassinato e apoio a Trump expõem séria ameaça à democracia brasileira, diz Bob Fernandes

A revelação da trama golpista, incluindo o plano de assassinato envolvendo um general próximo ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, somada à retórica de Donald Trump e à postura de governadores que flertam com a extrema-direita, foi o foco do comentário do jornalista Bob Fernandes no programa Três Pontos desta quinta-feira (31). Ele criticou a banalização da crise institucional e apontou a cumplicidade de parte da imprensa e da classe política brasileira diante dos acontecimentos, o que pode indicar, na política, um cenário tenso no futuro, que deve ser acompanhado com atenção.

“Um general, que foi o segundo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Mário Fernandes, confessar que escreveu um plano para matar o presidente da República, o vice e o senhor Alexandre de Moraes [...] O mesmo que estão fazendo os filhos de Bolsonaro, que querem e dizem que ele é vingança porque o pai está a caminho da condenação. E, para não ficar só nisso, diante dessa ação toda, quem não leva em consideração tudo isso e busca o tal equilíbrio ou o outro lado, ou é ingênuo, não tem informação alguma ou é candidato a lacaio. E, infelizmente, não faltam lacaios, capachos, vira-latas também na imprensa”, disparou.

Para Fernandes, o cenário é agravado pela presença de figuras como Paulo Figueiredo e pelos filhos de Bolsonaro, que tentam internacionalizar a narrativa de perseguição. Ele criticou governadores como Tarcísio de Freitas, que posou com o boné de Trump, e outros que, segundo ele, se alinham a interesses estrangeiros mesmo diante de avanços nacionais como a saída do país do Mapa da Fome.

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