Sergio Augusto aponta que ato bolsonarista no Congresso e exaltação a Ustra expõem padrão de impunidade e escárnio

Parlamentares bolsonaristas ocuparam as mesas diretoras da Câmara e do Senado nesta semana em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. O ato obstruiu os trabalhos legislativos e foi marcado por cenas performáticas e discursos em defesa do ex-presidente. Durante o programa Três Pontos desta quinta-feira (7), o jornalista Sergio Augusto criticou a ocupação e a classificou como mais um episódio de impunidade no país.

“E o que mais se faz no Brasil é tolerar esse tipo de coisa. Eu acho que foi mais um ato de molecagem. A molecagem predominou, mais do que as ideias que a gente dizia é um sequestro do Congresso. Eu achei que foi uma molecagem com consequências graves”, disse Sergio Augusto, em referência à atuação dos congressistas oposicionistas, que passaram a noite nas Casas Legislativas, acorrentados, com a boca tapada e se revezando em turnos.

Augusto relembrou ainda outros episódios ignorados pelo sistema político e pela Justiça, como a exaltação ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra por Bolsonaro durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff. “Aquilo é um insulto, aquilo é um escárnio”, afirmou. Para o jornalista, a ausência de punições em casos como esse ou na defesa aberta de milicianos como Adriano da Nóbrega abriu caminho para atos cada vez mais radicais no Congresso.

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