Quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

Produtoras de “Carlota Joaquina” revelam desafios do cinema brasileiro: "Não tinhamos o dinheiro todo"

Rádio Metropole

Produtoras de “Carlota Joaquina” revelam desafios do cinema brasileiro: "Não tinhamos o dinheiro todo"

Bianca De Felippes e Carla Camurati participaram do programa Revele, da Rádio Metropole, nesta quarta-feira (13)

Produtoras de “Carlota Joaquina” revelam desafios do cinema brasileiro: "Não tinhamos o dinheiro todo"

Foto: Reprodução/Rádio Metropole

Por: Metro1 no dia 13 de agosto de 2025 às 17:25

Atualizado: no dia 13 de agosto de 2025 às 17:28

As produtoras do filme "Carlota Joaquina, Princesa do Brazil", Bianca De Felippes e Carla Camurati, revelaram, nesta quarta-feira (13), as dificuldades enfrentadas para produzir a obra cinematográfica e também comentaram sobre a volta da exibição nos cinemas. A declaração ocorreu no programa Revele, da Rádio Metropole.

O clássico do cinema brasileiro, Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, retorna às telas na quinta-feira (14), em versão remasterizada com alta qualidade de imagem e som.

Durante a entrevista, as cineastas explicaram o momento do lançamento, há 30 anos, como o único filme nacional a ser lançado no ano de 1995. "O mundo mudou, virou a página. Naquela época ninguém conseguia produzir e não havia nenhum instrumento, não havia a Ancine ou a Embrafilme, e nós ainda não tínhamos outras instâncias de cinema.", explicou Carla. 

O processo de produção deste clássico se iniciou em 1993, a diretora Carla afirma ter utilizado um prêmio de concurso de roteiros para financiar o projeto. "Foi com esse dinheiro que começamos. Convidei a Bianca para trabalhar comigo e começamos a produção do filme. Nós demoramos 6 meses para filmar 5 semanas, porque não tínhamos o dinheiro todo".

O longa é reconhecido por sua direção de arte. As entrevistadas revelaram ter explorado a criatividade para aproveitar o máximo dos materiais disponíveis, utilizando da reciclagem e de elementos inusitados para construção de cenários. "Eram coisas lindas, mas alegóricas, no sentido da própria confecção. Usávamos bolinha de gude, botão, perucas de palha, de algodão. Mas tínhamos uma luz no sete que trazia toda a magia", detalhou.

Ao longo do programa as entrevistadas confessaram um amor pela história e a importância dessa paixão para a confecção da obra. "O roteiro foi a execução de uma criança imaginando a história. Eu não tinha compromisso com a realidade, eu tinha compromisso com o fato histórico. Carlota tem uma história de cumplicidade, não só com o público, mas com as pessoas que construíram o filme, o que resultou nesse amor pela obra", completou a diretora. 

Confira entrevista na íntegra: