Eliete Paraguassu nega ter chamado vereador de “capitão do mato” e diz que vai acionar a Justiça contra acusações

A vereadora Eliete Paraguassu (PSOL) negou nesta quarta-feira (13), em entrevista ao Jornal da Cidade, ter chamado o vereador Sandro Filho de “capitão do mato”. Ela afirmou que foi hostilizada “cotidianamente” pelo colega.

“Ele tem me atacado cotidianamente, ele tem me hostilizado, dizendo que eu não sei falar. Eu vim de um lugar, de um território quilombola, que tem suas tradições, que tem seu linguajar diferente”, disse.

Eliete afirmou que jamais cometeria racismo e rebateu acusações de desvio de verbas. “Eu sou uma mulher que sofreu preconceito, sofri racismo, jamais vou cometer o que sofri. Inclusive, essas pessoas que foram para a Câmara precisam provar. Ele não pode dizer que desviei verbas. Eu nunca tive acesso a nenhum recurso, porque um militante de verdade trabalha em prol da comunidade”, afirmou. 

Sobre a referência ao “capitão do mato”, a vereadora explicou: “O processo colonizador usa os seus negros para atacar o ser semelhante [...] Ele era um negro que caçava outro negro para vender e devolver para o seu escravocrata. Eu disse que na Bahia e na Câmara, no século 21, tinham pessoas com comportamento de Capitão do Mato. Sandro Filho, ele é uma pessoa que ele ataca sobretudo as mulheres negras, ele tem um ódio da gente”, completou. 

A vereadora finalizou afirmando que resolverá a disputa judicialmente: “Com essas pessoas a gente resolve na justiça. Porque ele é mais um que vai ter que provar qual foi o milhão que 'recebi'”, finalizou. 

Confira entrevista na íntegra: