Kakay destaca vaquejada: "Há um desconhecimento da importância, não só cultural, artística e econômica"

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defendeu nesta quarta-feira (13), em entrevista à Rádio Metropole, a importância cultural, econômica e artística da vaquejada. Ele lembrou que a prática faz parte das raízes do Nordeste. "O pessoal da vaquejada é muito cuidadoso. Foi feito um trabalho muito grande para que não tivesse nenhum tipo de machucado. Houve uma regulamentação para proteger os animais", disse.

Kakay, que atuou na defesa da vaquejada no Supremo Tribunal Federal (STF), destacou que a atividade vai além da tradição cultural. "Há um desconhecimento da importância, não só cultural e artística, econômica, mas da importância mesmo para o povo nordestino", afirmou. Ele também relembrou sobrevoar áreas de Pernambuco para conhecer a dimensão da prática. "Você tem muito mais lugares para fazer vaquejada do que campos de futebol", observou.

Kakay também lembrou que, há dez anos, cerca de 3 mil vaqueiros ocuparam a Esplanada dos Ministérios para sensibilizar o STF. Ele afirmou que, apesar das críticas que recebe, mantém a convicção na defesa da prática. "Podem ter certeza, quem está nos ouvindo, que houve um cuidado enorme para preparar e chegar nesse momento com tranquilidade de dizer, com muito orgulho, que representamos a vaquejada", concluiu.

A vaquejada foi reconhecida pelo STF como patrimônio cultural imaterial. O julgamento sobre o uso de animais em práticas desportivas consideradas manifestações culturais será retomado, ainda sem data definida. A Emenda Constitucional 96/2017 estabelece que não são consideradas cruéis as atividades esportivas que utilizam animais, desde que registradas como patrimônio imaterial e que adotem medidas de proteção.

Confira entrevista na íntegra: