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Bob Fernandes aponta objetivo oculto dos EUA em relação aos "golpes" dados no Brasil: “Querem quebrar a espinha dorsal do BRICS”

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Bob Fernandes aponta objetivo oculto dos EUA em relação aos "golpes" dados no Brasil: “Querem quebrar a espinha dorsal do BRICS”

No Três Pontos desta quinta-feira (14) Bob Fernandes destacou que ações internacionais visam reduzir autonomia econômica brasileira

Bob Fernandes aponta objetivo oculto dos EUA em relação aos "golpes" dados no Brasil: “Querem quebrar a espinha dorsal do BRICS”

Foto: Reprodução/YouTube

Por: Metro1 no dia 14 de agosto de 2025 às 12:48

Os Estados Unidos querem enfraquecer a atuação do Brasil no cenário internacional ao atingir diretamente a estrutura dos BRICS. A análise foi feita pelo jornalista Bob Fernandes, durante o programa Três Pontos desta quinta-feira (14). Ele afirmou que essa ofensiva é parte de um movimento geopolítico mais amplo, voltado a frear o fortalecimento do bloco, atualmente presidido por Dilma Rousseff, e limitar sua influência econômica e política no mundo. Segundo ele, trata-se de uma disputa estratégica que envolve comércio, recursos naturais e autonomia frente às potências ocidentais.

"O que eles querem é quebrar a espinha dorsal dos BRICS, ora presidido pelos BRICS e por Dilma. Porque os BRICS hoje têm algo como 40% do PIB mundial, 49% da população do mundo e 36% da área total do planeta, além de deter 51% do petróleo da Terra. Agora, um dado importante nesse cenário geopolítico é entender como é que cada um pode se mover. A China está reduzindo ativamente sua dependência do dólar americano”, explicou, ao destacar que, no tabuleiro geopolítico, a movimentação de moedas e reservas revela a estratégia dos países para reduzir a dependência do dólar e ampliar a autonomia econômica. 

Fernandes ressaltou que a pressão se intensifica com o avanço de iniciativas como a diversificação monetária do Brasil e o fortalecimento de laços comerciais no chamado Sul Global. Lembrou ainda que o país se tornou alvo de interesses externos por seus recursos estratégicos, como o pré-sal, cuja exploração passou a favorecer empresas estrangeiras após a mudança na lei no governo Temer. Para ele, líderes estaduais e figuras políticas, ao defenderem certas negociações, acabam atuando alinhados a Washington, seja por desconhecimento ou por escolha.

"Lula é visto pelo Financial Times, pelo New York Times e outros como o único estadista de grande economia no mundo que não está se submetendo aos desejos de Trump como imperador do mundo. Eles explicitaram inclusive por escrito que querem minerais das terras raras do Brasil. A Petrobras anunciou dias atrás a maior descoberta em 25 anos, no campo de Búzios, e, com as mudanças na lei feitas no governo Temer, o Brasil ficou com 5,9% do excedente em óleo", concluiu.

Confira o programa completo: