O que o gastro-hepatologista chama atenção é o uso exagerado, o consumo de litros de chá por dia e até a substituição da água por eles. “Tradicionalmente, essa hepatite causada por chás e também fitoterápicos e suplementos alimentares, no mundo, representa 7% do total dos casos de hepatite medicamentosa. Em nosso ambulatório representa 30%”, disse o gastro-hepatologista. Segundo o médico, em alguns dos casos registrados no ambulatório, bebês foram diagnosticados com hepatite após os pais substituíram mamadeiras por chás de erva-cavalinha.
Vinicius Nunes também alertou para o uso de chás associado a medicações e o consumo de misturas de ervas e princípios ativos, os famosos chás de 7 ervas ou até 30 ervas. De acordo com ele, esses produtos costumam ter uma mistura perigosa. O maior risco, no entanto, é, segundo o gastro-hepatologista, o uso de filoterápicos em cápsulas, os chamados manipulados. “Ali você tem doses elevadíssimas do princípio ativo. Então o chá verde, por exemplo, é ótimo, tem aceleradores de metabolismo, mas quando você tira isso da forma natural no uso de chá e coloca em uma cápsula com 10, 30, 50 vezes a concentração de uma xícara de chá, é lógico que existe um risco”, explicou.
Confira a entrevista na íntegra: