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Otto descarta palanque bolsonarista caso PSD fique fora da chapa do PT na Bahia: "me constrangeria, seria uma violência"
Senador Otto Alencar concedeu entrevista ao Jornal da Bahia no Ar desta segunda-feira (1°)
Foto: Metropress/Samanta Leite
Dias após o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmar que na Bahia o alinhamento ou não da legenda com o quadro nacional das eleições presidenciais de 2026 será decidido por Otto Alencar. Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar desta segunda-feira (1º), o senador reafirmou que partido vai caminhar na Bahia pela reeleição do presidente Lula e disse que, mesmo que o PSD não faça parte da chapa majoritária na disputa baiana, ele não subirá em palanque de apoio bolsonarista.
“Eu não terei condição de estar em nenhum palanque que a tese bolsonarista esteja presente. Me constrange muito. É uma violência contra tudo que eu preguei nesses quatro anos que eu fui oposição dura a Bolsonaro”, disse o senador, relembrando sua participação na CPI da Covid.
“Eu tenho muitas dificuldades para estar num projeto que tenha a presença da política, da base, ou da causa ou do projeto [bolsonarista]. Nesse caso, por exemplo, eu vou apoiar um candidato a presidente da República que diz que o primeiro ato é dar anistia? Anistia é revogar o crime. É desconhecer o crime que foi feito contra a democracia no Brasil, como aconteceu no passado. O Bolsonaro foi um caricata do Donald Trump aqui no Brasil”, disse Otto, fazendo referência ao governador Tarcísio de Freitas, que no último final de semana afirmou que seu primeiro ato como presidente seria a anistia a Bolsonaro.
Kassab tem demonstrado a intenção de o partido caminhar mais à direita, como oposição ao presidente Lula. Na Bahia, no entanto, o PSD é aliado ao PT, Otto Alencar, inclusive, foi eleito em 2022 com o apoio do petismo, assim como o senador Ângelo Coronel (PSD) em 2018. Apesar disso, há um imbróglio envolvendo a formação da chapa petista para 2026, pois Rui Costa e Jaques Wagner já confirmaram a pretensão de tentar as duas vagas ao Senado. A chapa puro-sangue petista deixaria de fora Angelo Coronel.
Otto afirmou que a formação da chapa será discutida no “momento correto” e ainda dialogará também com prefeitos, vice-prefeitos e deputados de seu partido, afnal eles também serão impactados pelas decisões sobre 2026.
“Eu não tenho ansiedade, muito menos a avareza por cargos. Porque, se eu tivesse, eu teria sido candidato a governador em 2022. Lula me convidou duas vezes. Wagner foi em minha casa. Eu não tenho ganância por isso”, concluiu.
Confira a entrevista completa:
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