Diretor do Sindmolba cobra melhorias na infraestrutura do DPT para otimizar laudos e perícias

O diretor do Sindicato dos Peritos Médicos e Odonto Legais, Eduardo Lopes, destacou as dificuldades enfrentadas pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia, especialmente em relação à infraestrutura e à demora na entrega de laudos. Em entrevista ao Jornal da Cidade, nesta segunda-feira (1), ele ressaltou os problemas estruturais que comprometem a agilidade nos exames periciais e a elucidação de crimes.

“Uma das principais questões é a centralização dos exames. A Bahia é um estado muito grande e os laboratórios estão concentrados apenas em Salvador. Isso faz com que exames simples, como os de alcoolemia, demorem de seis a oito meses para serem concluídos, o que atrasa todo o processo de justiça”, explicou Lopes.

O diretor do sindicato afirmou ainda que o Departamento de Polícia Técnica, embora tenha diversos institutos especializados sofre com a falta de laboratórios regionais que poderiam realizar exames em locais mais próximos da população, como Vitória da Conquista, Barreiras ou Juazeiro. Segundo ele, a centralização não só aumenta o tempo de espera, mas também sobrecarrega os profissionais e prejudica a celeridade da justiça.

Em relação ao atendimento do DPT, Lopes criticou a falta de comunicação entre a gestão do órgão e os secretários de segurança pública. Segundo ele, a ausência de um canal direto para tratar das demandas específicas dos peritos prejudica a tomada de decisões rápidas e a solução dos problemas estruturais.

Confira a entrevista na íntegra: