Dependência de celular pode afetar a saúde mental e a produtividade, afirma psicanalista

A psicanalista Rosa Garcia abordou o crescente problema da dependência de celular, um comportamento cada vez mais comum na sociedade atual. Em entrevista ao Jornal da Cidade, nesta segunda-feira (1º), ela explicou que a chamada "nomofobia" — o medo de ficar sem celular ou de ter o aparelho desativado — é um reflexo de como a tecnologia tem dominado a vida das pessoas.

"É uma dependência como qualquer outra. A pessoa deixa de realizar atividades importantes para se dedicar excessivamente ao celular. Isso traz consequências físicas e mentais. O indivíduo deixa de ter bons relacionamentos, de ser produtivo no trabalho e até de desfrutar do lazer porque está preso ao aparelho", destacou Dra. Rosa.

A psicanalista ressaltou que, assim como as dependências de substâncias como álcool ou drogas, a dependência tecnológica tem impactos significativos. "Hoje falamos de dependência tecnológica. Ela não está formalmente classificada como uma doença, mas já é considerada uma dependência", explicou.

Sobre o tratamento, Rosa Garcia sugeriu algumas alternativas: "o ideal é estabelecer horários para o uso do celular, praticar atividades que não envolvam tecnologia, como esporte ou leitura, e buscar apoio de familiares e amigos. Além disso, a psicoterapia tem um papel importante no tratamento de dependências desse tipo."

Confira a entrevista na íntegra: