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Paulo Nogueira Batista Jr. denuncia “patriota entreguista”: "só existe no Brasil"

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Paulo Nogueira Batista Jr. denuncia “patriota entreguista”: "só existe no Brasil"

Economista concedeu entrevista ao Jornal da Metropole no Ar desta segunda-feira (8)

Paulo Nogueira Batista Jr. denuncia “patriota entreguista”: "só existe no Brasil"

Foto: Reprodução/YouTube

Por: Metro1 no dia 08 de setembro de 2025 às 12:58

Atualizado: no dia 08 de setembro de 2025 às 16:31

A relação de Jair Bolsonaro com os Estados Unidos e o papel de um “patriotismo às avessas” voltaram ao centro do debate político. Durante o programa Jornal da Metropole no Ar desta segunda-feira (8), o economista Paulo Nogueira Batista Jr., que tem publicado seus artigos na Metropole, apontou que há uma submissão de setores da direita brasileira a Washington que não se justifica. O economista tem tratado do tema em seus artigos, como em “É preciso praticar, e não apenas proclamar a soberania”, no qual lembra que, desde o fim do século XIX, a maior ameaça externa ao potencial brasileiro tem sido os EUA.

“O que nós inventamos aqui é uma figura sui generis, que é a do nacionalista entreguista. O patriota que vai para a rua com a bandeira de um país estrangeiro. Não tem notícia de que outro país tenha inventado essa figura esdrúxula. Agora, é mais esdrúxula ainda se você considera que os Estados Unidos têm sido, do século XX pra cá, a principal força externa que nos prejudica, como nação”, disse.

Batista reforçou que os Estados Unidos costumam agir em defesa de seus interesses sem considerar os impactos para outros países e, em alguns casos, recorrem a intervenções militares, como vem ocorrendo recentemente na Venezuela. “Então, levantar a bandeira dos Estados Unidos é uma ofensa praticamente grave à nacionalidade”, completou.

O economista contextualizou ainda que a ofensiva de Donald Trump sobre a política brasileira, incluindo cartas e pressões tarifárias, mostrou o grau de intromissão norte-americana. Para ele, o bolsonarismo se moldou a esse modelo de submissão, com lideranças locais se comportando como extensões do trumpismo no Brasil, abrindo mão de qualquer noção de soberania em troca de alinhamento automático.

“Ele [Eduardo Bolsonaro] está fora do país, não cumpre suas obrigações e ainda se dá o luxo, no tempo em que ele deveria estar trabalhando no parlamento brasileiro, de estar arquitetando movimentos contra o Brasil. Agora, qual é a lógica do ponto de vista do Trump? Ele quer Bolsonaro como alternativa porque quer um vassalo aqui no Brasil. E o Bolsonaro já foi muito claro quanto à sua disposição de ser um vassalo de Trump, caso ele pudesse concorrer e ganhar eleição", concluiu.

Confira a entrevista completa: