“Um museu histórico precisa dialogar com o presente”, diz diretor do Museu de Arte da Bahia

O diretor do Museu de Arte da Bahia (MAB), Pola Ribeiro comentou, no Jornal da Cidade desta segunda-feira (29), a história do museu, comparando com o Museu da Arte Moderna, que também já esteve como diretor. Pola contou os seus desafios quando assumiu o MAB, e o desafio de trazer assuntos históricos para dialogar com o que “acontece hoje no mundo”. 

O diretor contou a ideia elitista que tinha do museu, pelo seu arquitetura e história. “MAB foi um grande desafio, porque eu tinha um certo preconceito contra ele. Eu passava pela Vitória e via aquele museu meio sisudo, meio um retrato da oligarquia baiana, aquele prédio que mostrava as porcelanas da Bahia, os móveis, mas sempre foi uma coisa da elite, muito próximo da elite baiana. Quando eu fui do Mab, o meu preconceito aumentou”.

Mesmo com as dificuldades, ele relatou que recebeu a oportunidade como um desafio. “É um museu importantíssimo, Casemiro. É um Museu mais antigo da Bahia. Tem uma memóri, tem um acervo incrível e que precisa ser mostrado de uma forma diferente. Eu acho que esse foi o grande desafio”. 

“Um museu pode ser histórico, com um acervo permanente, mas ele tem que estar na contemporaneidade, ele tem que ter uma narrativa para os desafios de hoje, tem que ter uma capacidade de dialogar com o que acontece hoje na cidade e no mundo”, completou.