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"Ou vai disposto para a briga ou toma todas as precauções", diz Janio de Freitas sobre encontro de Lula com Trump

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"Ou vai disposto para a briga ou toma todas as precauções", diz Janio de Freitas sobre encontro de Lula com Trump

Jornalista elogia prudência do presidente em recusar reunião na Casa Branca e prevê riscos de constrangimento em eventual encontro com Trump

"Ou vai disposto para a briga ou toma todas as precauções", diz Janio de Freitas sobre encontro de Lula com Trump

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 04 de outubro de 2025 às 07:00

Desde o discurso de Donald Trump na Assembleia da ONU, citando uma química entre ele e o presidente Lula, muito se especula onde deve ser o encontro entre os dois líderes para as tarifas norte-americanas aplicadas sobre os produtos brasileiros. No Três Pontos da última quinta-feira (2), o jornalista Janio de Freitas alertou que esse encontro pode repetir armadilhas do passado.

“Hoje em dia eu não me atrevo a dizer que há alguma coisa impossível quando há envolvimento do Trump. Tenho a impressão de que Lula precisará aceitar o risco de uma molecagem do Trump semelhante a que foi feita com os Volodymyr Zelensky na Casa Branca. É bastante prudente a decisão de não aceitar conversa na Casa Branca”, disse Janio, se referindo ao encontro entre o presidente ucraniano e Trump em fevereiro, quando Zelensky foi convidado a se retirar da Casa Branca. 

Para Janio, é prudente a decisão do governo brasileiro de não aceitar que o encontro aconteça na Casa Branca, evitando que ocorra algo semelhante ao episódio com Zelensky. Ainda assim, a possibilidade de Mar-a-Lago, que tem sido sido considerado como uma boa opção para um encontro, é, segundo o jornalista, arriscada. “Estranhamente aceitam conversar em um dos campos de que o Trump é dono, em Mar-à-Lago. Não vejo qual seja a diferença, porque, em Mar-à-Lago Trump, também pode abrir as portas a repórteres e cinegrafistas e submeter Lula, da mesma maneira, a uma situação constrangedora”, pontuou.

“Acho que com Trump ou vai disposto a partir para a briga - o que seria imprudente politicamente - ou então toma todas as precauções, exige condições para esse encontro que sejam garantidoras de uma conduta, se amolecada, não acessível a lentes e aos olhos recortes”, completou Janio.

Ventilou-se também a possibilidade do encontro acontecer na Malásia. Mas, para Janio, o mais importante não é o local ser um campo neutro, mas sim a situação. “O que importa não é o lugar em que aconteça - a menos que seja, obviamente, [espaço] próprio, como Mar-à-Lago, o campo de golfe da Casa Branca, esse já é um extremo - mas a neutralidade do país não tem a menor importância”, disse.

Confira a entrevista na íntegra: