Sergio Augusto destaca importância do Nobel de Literatura concedido a húngaro e acende debate sobre grandes nomes esquecidos

O Nobel de Literatura deste ano foi concedido ao húngaro László Krasznahorkai, autor de Sátántangó, conhecido pelo estilo denso e pelo olhar apocalíptico sobre o mundo. Durante o programa Três Pontos desta quinta-feira (9), o jornalista Sergio Augusto comentou o prêmio e destacou a tradição literária da Hungria, país que agora soma dois vencedores. Ele lembrou que o romance inspirou um filme de mais de sete horas e que, apesar do tamanho, é uma obra de forte reputação.

"Foi um autor húngaro que pela segunda vez ganhou o Nobel de Literatura. Ele fez Sátántangó, um romance de cerca de 200 páginas que rendeu um filme de sete horas e meia. É curioso como um livro tão curto gerou uma obra cinematográfica tão longa. O romance é dos anos 80 e foi traduzido no Brasil nos anos 90", disse Sergio.

O jornalista observou que o reconhecimento reforça o valor da literatura húngara e citou outros nomes importantes, como Imre Kertész, Sandor Márai e Magda Szabó. Para ele, prêmios como o Nobel têm o mérito de revelar autores que muitas vezes passam despercebidos, despertando novos olhares sobre tradições literárias pouco conhecidas.

"É curioso porque a nossa relação com a literatura húngara sempre foi distante. Mas, a cada prêmio, a gente descobre um autor novo e acaba se aproximando de uma cultura que o Nobel ajuda a revelar para o mundo", concluiu Sergio Augusto.

Confira o programa completo: