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Para comer chorando: chef do restaurante Dona Mariquita conta como revive sabores baianos esquecidos

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Para comer chorando: chef do restaurante Dona Mariquita conta como revive sabores baianos esquecidos

Leila Carreiro concedeu entrevista ao Jornal da Metropole no Ar desta sexta-feira (10)

Para comer chorando: chef do restaurante Dona Mariquita conta como revive sabores baianos esquecidos

Foto: Reprodução/YouTube

Por: Metro1 no dia 10 de outubro de 2025 às 12:51

Atualizado: no dia 10 de outubro de 2025 às 13:05

Há comidas que dão vontade de comer chorando de tão boas que são. No restaurante Dona Mariquita, no Rio Vermelho, a chef Leila Carreiro transforma lembranças em tempero e memória em receita viva. Durante participação no Jornal da Metropole no Ar desta sexta-feira (10), ela contou que o resgate de pratos antigos como o arroz de hauçá e a poqueca tem emocionado os clientes.

“A poqueca é uma receita de duas clientes, duas senhoras, que foram lá no restaurante. Elas frequentavam lá e me disseram: ‘vou te dar uma receita de uma comida que se fazia muito aqui na Bahia e nunca mais ninguém fez’. E aí, ela começou a me dizer que era uma moqueca. Colocava farinha, fazia o pirão dentro da moqueca, depois colocava numa folha de papel manteiga e assava. Eu adaptei com folha de banana, camarão seco, coco de licuri e pimenta. Ficou fantástica, virou campeã do cardápio e todo mundo acha que fui eu que criei, mas foi uma receita de cliente”, contou.

A chef explicou que o trabalho no Dona Mariquita busca reconectar a gastronomia baiana às suas origens africanas e do Recôncavo, resgatando sabores que desapareceram das mesas. Segundo ela, pratos como o arroz de hauçá existiam desde o início do século XX e caíram em desuso, mas voltaram a encantar quem sente falta do gosto da infância.

“Frequentemente, eu vejo o cliente sentado, comendo e chorando. Teve um senhor que pediu o Efo, um caruru de folha de taioba. Na primeira garfada, ele parecia engasgado. Depois, explodiu em emoção. Disse que lembrou da Semana Santa em família, comendo aquele prato com arroz de coco. Isso acontece muito lá. A comida vai na alma”, relatou Leila.

Confira a entrevista completa: