Terça-feira, 14 de outubro de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

Presidente do Conselho de Fisioterapia critica cultura "medicocentrista" e alerta: 'médicos não podem definir condutas fisioterapêuticas'

Rádio Metropole

Presidente do Conselho de Fisioterapia critica cultura "medicocentrista" e alerta: 'médicos não podem definir condutas fisioterapêuticas'

Para Rodrigo Medina, a medicina e fisioterapia devem atuar de maneira multidisciplinar, mas uma não deve ocupar o espaço de atuação da outra, para melhor eficiência no tratamento do paciente

Presidente do Conselho de Fisioterapia critica cultura "medicocentrista" e alerta: 'médicos não podem definir condutas fisioterapêuticas'

Foto: Metropress

Por: Metro1 no dia 13 de outubro de 2025 às 19:09

Atualizado: no dia 13 de outubro de 2025 às 19:18

O conhecimento geral sobre a fisioterapia é sempre associado a lesões neurológicas e ortopédicas, portanto, alguns médicos recomendam tratamento fisioterapêutico para os pacientes. O presidente do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (CREFITO7), Rodrigo Medina, em entrevista ao Metropole Saúde desta segunda-feira (13), alertou sobre a ilegalidade de outros seguimentos da medicina prescreverem fisioterapia para seus pacientes.

"Um médico que encaminha um paciente, dizendo o que ele vai fazer de alongamento, fortalecimento, ultrassom, ele está exercendo ilegalmente, prescrevendo conduta fisioterapêutica, ele não pode. Da mesma forma que eu não posso dizer a um médico qual cirurgia ele vai fazer, a conduta é dele", disse Rodrigo.

O especialista ressaltou como a sociedade enxerga o cuidado da saúde de uma perspectiva "medicocentrista", na qual o médico tem autonomia para dar direcionamento para outras áreas que não são sua zona de atuação. "A sociedade precisa ter essa percepção de que cada profissional tem a sua prerrogativa, o seu escopo, eu estudei fisioterapia, não medicina, o médico estudou medicina, não fisioterapia, cada um tem que estar na sua", completou.

A multidisciplinaridade dos atendimentos e tratamentos é de suma importância para uma abordagem eficiente no paciente. Segundo Rodrigo, o médico e o fisioterapeuta devem atuar como parceiros. " Um complementa o trabalho do outro, mas o que acontece muitas vezes é isso, reserva de mercado, quer o tempo todo podar o trabalho do outro, não só com fisioterapeuta, as profissões de saúde, de modo geral".

Confira a entrevista na íntegra: