Quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Rádio Metropole

/

Endocrinologista alerta sobre uso de remédios com fins estéticos: “se vende estética como saúde”

Rádio Metropole

Endocrinologista alerta sobre uso de remédios com fins estéticos: “se vende estética como saúde”

Maria Creusa Rolim concedeu entrevista ao Jornal da Metropole no Ar desta quarta-feira (15)

Endocrinologista alerta sobre uso de remédios com fins estéticos: “se vende estética como saúde”

Foto: Metropress/Catarina Queiroz

Por: Metro1 no dia 15 de outubro de 2025 às 12:42

Atualizado: no dia 15 de outubro de 2025 às 13:08

O aumento expressivo de pessoas utilizando hormônios ou outros medicamentos para fins esteticos tem se tornado uma preocupação urgente de saúde pública. Durante o Jornal da Metropole no Ar, nesta quarta-feira (15), a endocrinologista Maria Creusa Rolim afirmou que o cenário atual é reflexo de um modelo social centrado no consumo, em que o uso de remédios para “corpos perfeitos” se iguala a outros hábitos consumistas e ultrapassa os limites do equilíbrio físico e emocional.

“A gente vende muito a estética como se fosse o mesmo que saúde, e não é, são coisas diferentes. E essa separação hoje com isso, do centralizar no eu, de ‘eu estar bonito pra foto’, de ‘me vigiar fotografando o tempo todo’, termina vinculando a beleza à saúde, e muitas vezes a beleza padrão de beleza, na cabeça de algumas pessoas, adoece nessa busca. E acontece muito mais do que a gente pensa que realmente acontece”, alertou.

Segundo a médica, o culto ao corpo tem gerado comportamentos extremos, como o uso indiscriminado de hormônios por pessoas que não são atletas, mas desejam resultados estéticos rápidos. Ela apontou que o excesso de massa muscular, alcançado por medicamentos não indicados, pode afetar órgãos como o coração e resultar em doenças cardiovasculares ainda na juventude.

“A gente vê nas ruas pessoas usando hormônios exógenos em excesso, com corpos melhores do que os de atletas. Esse músculo em excesso tá em todo lugar, inclusive no coração, e no coração o músculo em excesso pode não ser tão interessante assim. Essas pessoas morrem mais de doença cardiovascular de forma precoce, e isso não é saúde”, concluiu.

Confira a entrevista completa: