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Documentário “Atletas” expõe desafios do paradesporto: “As pessoas veem primeiro a deficiência, depois o atleta”
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Documentário “Atletas” expõe desafios do paradesporto: “As pessoas veem primeiro a deficiência, depois o atleta”
Curta-metragem retrata cotidiano de quatro esportistas baianos que enfrentam barreiras financeiras, estruturais e sociais para competir

Foto: Metropress/Fernanda Villas
O idealizador Dêivide Monteiro, o roteirista e diretor Rafael Barros e os atletas Irá Vilaronga e Tanailson Cavalcante, falaram ao Metropole Mais, nesta quarta-feira (15), sobre o documentário “Atletas”. A produção acompanha a rotina de quatro esportitas baianos com deficiência que se destacam em diversas modalidades esportivas.
“Eu tinha que mostrar para as pessoas a dificuldade que as pessoas com deficiência tinham de praticar esporte, de chegar lá, de competir, de ir para outro estado, outros países”, afirmou Dêivide Monteiro, ao explicar a motivação por trás do projeto.
Os depoimentos destacam as barreiras que esses esportistas enfrentam, especialmente no que diz respeito a financiamento, estrutura e reconhecimento. “Ser atleta amador no Brasil é difícil, ser atleta do Paradesporto é um pouquinho mais desafiador, em termos de financiamento e credibilidade da sociedade. A gente não tem essa credibilidade. As pessoas primeiro veem a deficiência, depois veem o atleta”, relatou Ira Vilaronga, que tem deficiência visual disputa na modalidade triatlhon
Tanailson Cavalcante, atleta de jiu-jitsu com amputação na perna, reforçou a falta de suporte para se manter em atividade: “O desafio do atleta é se manter como atleta. Todos que estão aqui, eu garanto, são atletas sem estrutura”.
Segundo Rafael Barros, o curta buscou dar visibilidade ampla à realidade do esporte paralímpico. “A ideia era abordar a vida desses atletas com deficiência aqui de Salvador de uma forma muito ampla. O primeiro desafio foi tentar fazer com que isso funcionasse em um curta-metragem. A proposta era mostrar os desafios cotidianos, financeiros, de acessibilidade nas ruas, de preconceitos, e também suas motivações e conquistas”, explicou.
Confira entrevista na íntegra:
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