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Raymundo Paraná critica invisibilidade de mortes por metanol no interior da Bahia: "Só repercute quando toca na elite"
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Raymundo Paraná critica invisibilidade de mortes por metanol no interior da Bahia: "Só repercute quando toca na elite"
Médico hepatologista criticou a falta de resposta quando mortes ocorreram nos anos 90 e alertou sobre sintomas graves da substância

Foto: Metropress/Taís Lisboa
O hepatologista Raymundo Paraná criticou, em entrevista ao Jornal da Cidade, desta quarta-feira (15), a diferença de repercussão dos casos de intoxicação por metanol registrados em diferentes regiões do país. Segundo ele, o tema só ganhou destaque nacional após as ocorrências recentes em bares de São Paulo.
“Enquanto o metanol matava preto, pobre, que tomava cachaça no interior da Bahia, não tinha repercussão nenhuma. Agora são grandes bares de São Paulo, aí tá tendo repercussão. Esse é o Brasil. Só repercute quando toca na elite. Já era para ter tomado uma medida muito forte naquela época que as pessoas aqui na Bahia morreram, muitas pessoas tomando a cachaça de interior. Não deu em nada. Ninguém fez nada. Agora vão fazer”, afirmou.
Paraná relembrou, quando, nos anos 1990, mais de 60 pessoas foram intoxicadas por metanol e 16 mortes foram registradas em Santo Amaro, no interior da Bahia, após consumo de bebidas adulteradas. O tema também foi repercutido no Jornal Metropole.
Sintomas de intoxicação
O especialista também explicou como identificar possíveis sinais de intoxicação por metanol, que podem se confundir com uma ressaca comum, mas em intensidade muito maior. “Os efeitos são muito parecidos, só que bem mais intensos, acrescidos de um quadro de náusea, vômito e, às vezes, alterações visuais. Se perceber que a ressaca está diferente, e entendendo o que foi consumido, especialmente destilados, é preciso procurar ajuda médica”, alertou.
Confira a entrevista na íntegra:
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