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Administrador defende tarifa zero e critica financiamento do transporte público no Brasil
Administrador concedeu entrevista à Radio Metropole nesta quarta-feira (5)

Foto: Reprodução
O administrador Daniel Caribé, pesquisador das formas de gestão e financiamento dos transportes coletivos urbanos, defendeu a implantação da tarifa zero no Brasil como meio de combate a desigualdade. Em entrevista ao Jornal da Cidade, nesta quarta-feira (5), ele também críticou o modelo de financiamento e organização do transporte público no Brasil.
Segundo Caribé, existem quatro sentidos que justificam a implementação da tarifa zero no Brasil, são eles: o social, o ambiental, o econômico, e o político. "São os sentidos que provocam que um gestor público ou uma sociedade civil pressione os gestores públicos para adotar a tarifa zero", disse. "Nós temos o primeiro conjunto de justificativas que são as justificativas sociais. O transporte público é um direito social, que garante outros direitos sociais, especialmente nas metropoles", sinaliza.
Como justificativa econômica ele destacou o colapso financeiro do sistema de transporte público. "O transporte público é um grande problema na cidade... as pessoas não têm mais dinheiro para pagar tarifa cheia e por isso injeta-se subsídios nessas empresas de ônibus", disse. Caribé considera cruel o subsídio cruzado que acontece na gestão do transporte público do país. "O que é o subsídio cruzado? Um grupo da população acaba financiando o deslocamento de outro grupo. Só que não é um grupo mais rico que financia o deslocamento do grupo mais pobre, como deveria ser num país que almeja ser um país menos desigual. É o contrário, são os grupos mais precarizados, que acabam financiando o deslocamento dos grupos mais pobres", concluiu.
A forma de remuneração dos operadores de transporte público também foi criticada pelo pesquisaor. Para ele, é completamente equivocada no país. "Hoje se paga os operadores por passageiro transportado. Mas o passageiro transportado não é custo. [...] Quando a gente determina que a forma de remuneração dos operadores é por passageiro transportado, você decide por superlotar os ônibus. Com 100 pessoas nesse ônibus, vou ganhar muito mais do que estiver rodando por 20 25 pessoas", afirmou.
Confira a entrevista completa:
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