Sergio Augusto aponta desafios para gestão de Mamdani e alerta: “há esperança, mas a barra é pesada”

O democrata Zohran Mamdani foi eleito novo prefeito de Nova York, primeiro muçulmano e o mais jovem a ocupar o cargo desde 1892. A vitória, celebrada em uma capa da New Yorker que o mostra no metrô cercado por pessoas de várias etnias, tornou-se símbolo de uma cidade diversa que tenta se reencontrar após anos de tensão política. Para o jornalista Sergio Augusto, que comentou o tema durante o Três Pontos desta quinta-feira (6), a imagem traduz o espírito de esperança que acompanha Mamdani, mesmo diante de um cenário difícil.

“A capa da próxima New Yorker, que é uma capa com Mandani  como passgeiro do metrô, com várias etnias em volta, é uma capa incrível. Eu, há muito tempo, desde o Obama, não me entusiasmava tanto por uma eleição, não me envolvia tanto emocionalmente por uma eleição. E era fácil explicar do Obama, né? A gente era contra os republicanos, a favor do chamado poder negro, que era o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Uma série de possibilidades e esperanças que, no final, não acabaram se cumprindo, porque eu não gostei da presidência do Obama. Mas a do Mandani tem muitos elementos que enchem a gente de esperança, até porque o Trump é pior do que o Bush, né?”, disse.

Sergio avaliou que Mamdani simboliza a volta de uma Nova York plural, construída por imigrantes e acostumada a resistir à intolerância. Para ele, a eleição desperta um sentimento raro de otimismo, ainda que o novo prefeito assuma uma cidade polarizada, com divisões étnicas e tensões econômicas profundas.

“Eu tô muito esperançoso, embora a barra seja muito pesada pra ele. Tem um racha na comunidade judaica bem grande, porque ela é fundamental na cidade de Nova York. Já sei que um milhão de judeus vão embora, e que não sejam só judeus, até de outras etnias, mas talvez menos um milhão de pessoas dê uma aliviada, porque a cidade tem até problema de habitação. E eu tô torcendo pra ele”, concluiu.

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