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Bob Fernandes adverte sobre interferência de Trump após pedido de Cláudio Castro: “porta perigosa sendo aberta”
Jornalista criticou ação de Cláudio Castro e lembrou que outros políticos já recorreram a Trump para atacar o Brasil

Foto: Reprodução/Youtube
O envio de documentos pelo governador Cláudio Castro a Donald Trump, pedindo que o Comando Vermelho seja classificado como organização terrorista, reacendeu o debate sobre a interferência estrangeira em assuntos internos do Brasil. Durante sua participação no programa Três Pontos, nesta quinta-feira (6), o jornalista Bob Fernandes afirmou que o gesto de Castro abre uma “porta perigosa” e reforça a dependência política de figuras brasileiras em relação ao presidente norte-americano.
“O governador Cláudio Castro botou um grande complicador aí ao enviar para o Trump documentação, pedindo que, sem aval do governo federal, que Trump considere o Comando Vermelho não uma organização, facção de narcotráfico como é, mas sim uma organização terrorista, o que abre a porta para eventuais sanções em outro momento, e é um complicador ainda mais nessa história toda da presença norte-americana na região. Na hora parece uma bobagem, mas na verdade é uma porta perigosa sendo aberta num momento como esse”, disse.
Segundo Fernandes, a iniciativa soma-se a outras tentativas de políticos ligados ao bolsonarismo de acionar os Estados Unidos contra o próprio país. Ele lembrou que Eduardo Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro também recorreram a Trump pedindo “ajuda” internacional, o que, para o jornalista, evidencia um padrão de submissão externa e desprezo pela soberania nacional.
“Já são três políticos parlamentares e um governador do Brasil pedindo intervenção americana no Brasil, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e agora o governador, que não consegue responder, aliás, nem ele consegue responder, e eu nem estou vendo sendo feita uma seguinte pergunta. Na ação da semana passada [a megaoperação do Rio] que a gente tratou aqui, estavam 2.500 policiais. A pergunta é, onde estão as imagens das câmaras de 2.500 policiais? Onde estão?”, concluiu.
Confira o programa completo:
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