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Goli Guerreiro relembra impacto do acervo de Arlete Soares na idealização do Estúdio África

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Goli Guerreiro relembra impacto do acervo de Arlete Soares na idealização do Estúdio África

O Estúdio está localizado na Rua Chile

Goli Guerreiro relembra impacto do acervo de Arlete Soares na idealização do Estúdio África

Foto: Metropress/Catarina Queiroz

Por: Metro1 no dia 17 de novembro de 2025 às 10:33

A fotógrafa Arlete Soares e a antropóloga Goli Guerreiro relataram, em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar nesta segunda-feira (15), o percurso que levou o projeto Estúdio África a se tornar uma referência na valorização da fotografia africana e dos vínculos culturais entre Bahia e continente africano.

O projeto nasceu em 2017, a partir de uma pesquisa sobre fotografia africana iniciada por Goli e inspirada pelo acervo de Arlete. Segundo Goli, o impacto do primeiro contato com as imagens foi decisivo para a criação da iniciativa. “Esse material me foi apresentado por Arlete Soares. Nunca vou me esquecer quando ela tirou na biblioteca dela a antologia da fotografia. Quando vi aquelas imagens africanas, pensei em como o Brasil não conhece isso. São imagens lindas, poéticas. É a representação de africanos para africanos, uma arte íntima. De mostrar uma África que eles queriam e não a que o colonizador insistia em mostrar.”

A partir desse encontro, Goli submeteu o projeto a um edital da Fundação Gregório de Mattos, que permitiu a montagem de um estúdio fotográfico inspirado nos modelos tradicionais africanos. O primeiro espaço foi instalado na Feira de Castelo Branco, onde frequentadores eram convidados a posar diante de cenários que reproduziam cidades africanas.

O material chegou ao Senegal e chamou a atenção de um dramaturgo local. A partir desse contato, surgiu o convite para que a equipe criasse, em território senegalês, um cenário que representasse Salvador, permitindo que pessoas de lá posassem como se estivessem na capital baiana.

Originalmente itinerante, o Estúdio África hoje conta com uma sala fixa na Travessa D’Ajuda, na Rua Chile, consolidando-se como um espaço cultural.

Confira a entrevista completa: