Janio de Freitas aponta “decadência parlamentar” na aprovação do PL Antifacção: “contrário aos interesses do povo”

A aprovação do texto-base do PL Antifacção pela Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (18), reacendeu críticas sobre a condução da Casa em temas sensíveis da segurança pública. A avaliação é do jornalista Janio de Freitas, feita durante o programa Três Pontos desta quarta-feira (19). Ele apontou que a postura parlamentar tem se distanciado das necessidades do país, sobretudo diante das mudanças consideradas prejudiciais ao projeto enviado pelo governo.

“O comportamento da Câmara em relação às iniciativas em favor da segurança propostas pelo governo é absolutamente contrário aos interesses, à necessidade do Brasil e do povo brasileiro. A aprovação do relatório do Derrite atende a interesses políticos insustentáveis do ponto de vista da sua eficiência e da sua moralidade. Favorece as partições criminosas, as alterações que ele fez no projeto mandado pelo governo para a Câmara, ao Congresso”, disse.

O jornalista apontou que as mudanças repetidas no texto, conduzidas pelo relator Guilherme Derrite, revelam um processo legislativo dominado por cálculos eleitorais, disputas internas e pouca atenção aos alertas de especialistas e governadores. Para ele, o avanço da proposta expõe um Parlamento cada vez mais capturado por interesses externos à segurança pública.

“Como cidadão, eu faço aqui o meu protesto e espero que haja outros e muitos protestos. E, como jornalista, vejo que se confirma a deplorável decadência do quadro parlamentar brasileiro, em particular do conjunto de 513 deputados da Câmara, em que a minoria, que continua sendo respeitável, a minoria numérica pode incluir deputados de todos os partidos, não só governistas. Essa minoria continua merecendo respeito, mas o restante é deplorável e é adversária do povo brasileiro”, concluiu.

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