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Professor José Geraldo aponta causas para menor envolvimento de jovens na política
Jurista relaciona desmobilização a pressões estruturais, esvaziamento simbólico e impactos da pandemia

Foto: Divulgação
A filiação de jovens entre 16 e 24 anos a partidos políticos no Brasil atingiu o menor índice em uma década, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo o levantamento, o número de jovens filiados caiu de 415 mil, em 2014, para aproximadamente 180 mil em 2024. Em entrevista para o Jornal da Metropole no Ar, nesta sexta-feira (4), o jurista e professor José Geraldo de Sousa apontou possíveis causas para os jovens estarem menos interessados politicamente.
“A juventude não deixou de participar, mas ela foi constrangida. O 477 era o AI-5 do sistema de ensino, então a gente tem um modo que é fruto da nossa condição no tempo, do significado do protagonismo e da participação. Claro que essas coisas não ficam lá atrás, elas se customizam, se tomam novas formas”, disse.
Ele acrescentou que há também um processo simbólico que contribui para reduzir o interesse político: “um consumo de alienação decorrente do esvaziamento do horizonte utópico de luta das pessoas. Mas isso não é algo que seja decorrente naturalmente das condições do contemporâneo. É algo também produzido.”
O professor apontou ainda o papel de fatores externos que influenciam a desmobilização juvenil. “Os meios de comunicação operam para isso, a tecnologia produz isso. As condições interferentes da realidade social. Por exemplo, nós estamos saindo de uma pandemia. A pandemia nos tirou da rua por conta do distanciamento e das necessidades sanitárias e acabou gerando alguns hábitos que são hábitos desmobilizadores”, completou.
Confira a entrevista na íntegra:
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