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Bellintani aponta incoerências em exigências do Iphan para área do Palácio Thomé de Souza: "enquanto isso, casarões estão caindo"
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Bellintani aponta incoerências em exigências do Iphan para área do Palácio Thomé de Souza: "enquanto isso, casarões estão caindo"
Ex-secretário questiona coerência de investimento após portaria do Iphan e cita abandono de outros patrimônios históricos em Salvador

Foto: Metropress/Fernanda Villas
O empresário e ex-secretário municipal Guilherme Bellintani criticou os custos e apontou incoerências nas intervenções previstas para a área do Palácio Thomé de Souza, na Praça Municipal, em Salvador. Durante entrevista à Rádio Metropole, ele comentou que a eventual demolição do prédio atual para a construção de uma nova edificação, em atendimento às exigências de volumetria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), não se sustenta diante do cenário de abandono de outros patrimônios históricos da cidade.
“Qual é o custo que vai ter para a prefeitura desmontar e fazer o quê? Construir depois um com a volumetria adequada e trabalhar provisoriamente?”, questionou Bellintani. O ex-secretário citou exemplos de imóveis históricos em situação de risco para reforçar a crítica. “Os casarões estão caindo, o prédio da CESP, ali na Rua do Tijolo, vai cair. Vai cair. É um prédio grande, maravilhoso. O teto da Igreja de São Francisco caiu”, afirmou.
A discussão ganhou força após a publicação de uma portaria do Iphan no Diário Oficial da União, que estabelece diretrizes de preservação e critérios de intervenção para o Centro Histórico e a Cidade Baixa de Salvador. O anexo do documento trata especificamente das orientações para projetos na área da Praça Municipal, a primeira Praça dos Três Poderes do Brasil, que inclui o terreno do Palácio Thomé de Souza.
Para Bellintani, o direcionamento dado pela norma evidencia uma contradição na política de preservação. “Tem verba para construir uma volumetria daquele tamanho na Praça Municipal, tirando o prédio de Lelé, e a preservação de vários outros prédios não tem. Isso não me parece coerente sob o ponto de vista do patrimônio histórico. O futuro da cidade é preservar o patrimônio e pensar pra frente também”, concluiu.
Confira na íntegra:
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