
Saúde
SEAP e Instituto de Pesquisa realizam ação contra tuberculose em presídios da Bahia
Ação é a primeira do tipo realizada no mundo; pacientes se identificados com alguma das enfermidades são tratados imediatamente

Foto: Reinan Lisboa
A Penitenciária Lemos de Brito, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, foi escolhida para sediar um projeto pioneiro de alcance internacional.
A iniciativa busca fortalecer o cuidado com a saúde da população carcerária e combater doenças infecciosas ainda comuns nas unidades prisionais.
O projeto tem como objetivo interromper a transmissão da tuberculose e de outras doenças infectocontagiosas dentro dos presídios, garantindo diagnóstico, testagem e tratamento imediato para internos e servidores. A tuberculose continua sendo a principal causa de morte por doença infecciosa no mundo, e o risco de contágio é muito maior entre pessoas privadas de liberdade, devido à superlotação, à má ventilação e às condições estruturais precárias, que favorecem a disseminação de vírus e bactérias.
A ação é considerada o primeiro esforço estruturado de testagem em massa e rastreamento sistemático da tuberculose em prisões baianas. O programa pretende integrar novas tecnologias e estratégias de saúde pública para enfrentar um problema histórico no sistema prisional. Entre 2025 e 2027, as atividades devem alcançar as 26 unidades prisionais do estado, beneficiando mais de 12 mil internos. O investimento total é estimado em R$ 8,1 milhões, contemplando infraestrutura, insumos, transporte e equipamentos.
A primeira etapa será realizada na Penitenciária Lemos de Brito, que funcionará como projeto-piloto. Nessa fase inicial, serão testados os protocolos de rastreamento e coleta de dados, além da logística de campo e do fluxo de encaminhamento dos casos confirmados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A partir dos resultados dessa fase, o programa deve ser ampliado para as demais unidades do estado.
O Programa de Eliminação da Tuberculose no Sistema Prisional da Bahia (PETSP-BA) é desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa em Populações Prioritárias, por meio do Instituto Monster de Pesquisa, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-BA) e a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
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